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DDM

Ameaças e lesões corporais lideram lista de ocorrências em Delegacia da Mulher

Dados foram divulgados pela delegada Silmara, responsável pela unidade, que destaca a importância das denúncias

20 agosto 2017 - 17h01Por Marília Campos - De Suzano
Os crimes de ameaça e lesão corporal dolosa, quando há intenção, lideram a lista de ocorrências na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Suzano com 2,1 mil registros em dois anos. Os dados foram divulgados pela delegada Silmara Marcelino, responsável pela unidade, que destaca a importância das denúncias.
 
No mês em que a DDM completa dois anos no município, a unidade liberou uma lista de dados estatísticos. O estudo aponta 1.083 ameaças contra mulheres, 1.014 ocorrências de lesão corporal dolosa, 235 crimes de injúria, 111 estupros e oito tentativas de homicídio. Entre 2015 e agosto deste ano, a delegacia lavrou 2,7 mil Boletins de Ocorrência (B.O), instaurou 1,8 mil inquéritos policiais e garantiu 892 medidas protetivas às vítimas de violência. 
 
De acordo com a delegada Silmara, este número elevado é algo esperado pela DDM. "Os crimes de lesão corporal, ainda que seja de natureza leve, e a ameaça, que é uma violência verbal e moral, são recorrentes e as ocorrências são esperadas uma vez que a DDM é recente no município. Quanto mais divulgada a existência da unidade, mais queixas aparecerão. Mas este índice tende a cair uma hora".
 
Silmara explicou que apesar desses crimes serem de menor potencial, quando praticados contra a mulher são submetidos à Lei Maria da Penha, o que resulta em maior rigidez na punição dos agressores. No caso de ameaças, o período de reclusão varia de seis meses a um ano, e a lesão corporal, caracterizada como violência doméstica, é de três meses a três anos. 
 
A maioria dos casos está ligada ao histórico de alcoolismo e consumo de drogas. O fato de esses distúrbios acometerem, geralmente, as camadas mais pobres da sociedade, faz com que a violência doméstica acompanhe o cenário. "É uma suposição, ainda não realizamos um estudo com este aprofundamento. Mas observamos também que as mulheres mais simples falam mais, enquanto as vítimas de maior instrução se sentem envergonhadas em denunciar os casos. Qualquer mulher, independente de classe social, não pode ter vergonha porque o ciclo de violência tem que ser quebrado", disse.
 
A delegada atenta à importância das denúncias. "É sempre bom divulgar a DDM e as redes de atendimento. Quanto mais tomarem conhecimento do direito, mais coragem em se manifestar". 

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