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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Editorial

Leitos ‘faltantes’

19 julho 2017 - 05h00
Reportagem que o DS publicou ontem mostrando a falta de leitos para bebês e gestantes nas cidades da região preocupa.
Nesta semana, o Conselho de Prefeitos do Condemat - Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê se reuniu na sede em Mogi das Cruzes onde foi constatado o déficit de 377 leitos para atender esses dois grupos.
Outro assunto importante discutido foi a implantação de Residências Terapêuticas para pacientes psiquiátricos e a ampliação de leitos obstétricos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. 
Só para se ter uma ideia, atualmente, as cidades da região têm um déficit de 377 destes dois tipos de leitos, além de cuidados intermediários.
Há grandes problemas decorrentes da falta de leitos, como a superlotação das maternidades, que são referência em alto risco e o impacto na taxa de mortalidade materno-infantil no Alto Tietê. Os números oficiais apontam um déficit de 292 leitos obstétricos, sendo 71 deles para gestação de alto risco. Em UTI Neonatal, o déficit é de 18 leitos, além de 67 para cuidados intermediários.
Na reunião foi discutido também que a deficiência tem se agravado e comprometido os resultados da região nos indicadores de mortalidade. 
Os municípios têm avançado na parte que lhes compete, que é o pré-natal, mas isso fica comprometido diante da deficiência de atendimento no parto. Os prefeitos, num consenso, entendem a necessidade de uma ação regional junto ao governo do Estado e governo federal, buscando maneiras práticas para resolver um problema que é muito grave.
No caso das Residências Terapêuticas, por força do fechamento dos hospitais psiquiátricos em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Ministério Público Federal (MPF) e governo do Estado, os municípios precisam criar o serviço para, ainda neste semestre, receber os pacientes. 
Em um primeiro momento, são 31 pessoas e a proposta em estudo contempla a implantação de cinco unidades.
Há uma grande necessidade de que se possam ser tomadas medidas para que o número de leitos possam ser elevados nas cidades da região. A situação é, sem dúvida, preocupante principalmente porque é preciso atender dois públicos considerados prioritários: bebês e gestantes.