Editorial

Salário mínimo

18 AGO 2017 • POR • 05h00
O salário mínimo é o menor salário que uma empresa pode pagar para um funcionário.
Ele é estabelecido por lei e é reavaliado todos os anos com base no custo de vida da população, sua criação foi feita com base no valor mínimo que uma pessoa gasta para garantir sua sobrevivência.
No Brasil o salário mínimo surgiu no século XX na década de 30, com a promulgação da Lei de nº185 em janeiro de 1936 e decreto de lei em abril de 1938.
No dia 1º de maio o então presidente Getúlio Vargas, fixou os valores do salário mínimo que começou a vigorar no mesmo ano.
Nesta época existiam 14 salários mínimos diferentes, sendo que na capital do país, o Rio de Janeiro, o salário mínimo correspondia a quase três vezes o valor do salário mínimo no Nordeste.
A primeira tabela do salário mínimo tinha um prazo de vigência de três anos, mas em 1943 foi dado o primeiro reajuste seguido de um outro em dezembro do mesmo ano.
Os aumentos eram calculados para recompor o poder de compra do salário mínimo.
A unificação total do salário mínimo aconteceu em 1984.
Ontem foi criada nova expectativa para o valor do salário mínimo. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, garantiu que o novo valor de 2018 terá, pelo menos, o aumento de correção da inflação.
É preciso aplicar a lei. O salário mínimo é corrigido pela inflação dos últimos 12 meses. O que der a inflação vai ser a correção do salário mínimo. 
O governo afirma que não vai ser maior, a menos que o presidente Michel Temer (PMDB) determine que seja maior. 
Com a revisão das projeções orçamentárias, na última terça-feira, o valor de salário mínimo previsto para o próximo ano foi reduzido em R$ 10 e ficou em R$ 969. Neste ano de 2017, o salário mínimo em vigor é de R$ 937.
A história conta que os salários-mínimos instituídos por lei foram propostos primeiramente como uma forma de controlar a proliferação de estabelecimentos que apresentavam condições de trabalho deploráveis na indústria manufatureira. Esses estabelecimentos empregavam um grande número de mulheres e jovens, pagando-os salários mais baixos do que os pagos a homens adultos. Considerava-se que os proprietários tinham um poder de barganha muito forte, e os salários-mínimos foram propostos com o intuito de fazer com que todos tivessem um salário "justo". Hoje, as leis de salário-mínimo protegem trabalhadores na maioria das atividades mal remuneradas. Então é preciso sempre buscar um valor digno que dê o mínimo de condições de vida e sobrevivência à população.