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Cultura

1ª Parada do Orgulho LGBT será realizada no dia 29 em Mogi

Evento acontece na Avenida Cívica durante o último domingo de abril

14 abril 2018 - 23h14Por Marília Campos - da Região
O Fórum Mogiano LGBT realiza pela primeira vez a Parada do Orgulho LGBT na cidade. A edição ocorre durante o último domingo de abril, dia 29, na Avenida Cívica. A expectativa é de que até 5 mil pessoas de toda a região compareçam ao encontro gratuito, que neste ano leva o tema "Nosso voto é a nossa voz, respeito já", em alusão às eleições gerais e o impacto das decisões do Congresso Nacional à comunidade. 
 
Na edição paulistana, agendada para o dia 3 de junho na Avenida Paulista, a mesma temática será adotada com o nome "Poder pra LGBTI+". 
 
Os municípios de Itaquaquecetuba e Poá já realizaram eventos semelhantes anteriormente, contudo a Parada mogiana promete atrair um público maior. Com seis DJ's convidados, a celebração ainda contará com a Drag Queen Tchaka e também com a presença da miss Drag Queen Mogiana, que será selecionada no próximo domingo. Ao menos 15 artistas da região estão concorrendo à nomeação. A edição também conquistou os apoios do governo estadual, prefeitura de Mogi das Cruzes, por meios das secretarias de Turismo e Cultura, além da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA); Museu da Diversidade Sexual do Estado de SP (MDS) e a Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias do Estado de SP (ACGE). 
 
O presidente do Fórum, Roberto Fukumaro, explicou que o grupo é a uma associação articulada desde 2014, que intervém na causa das lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) da região. As reuniões ocorrem uma vez por mês, oportunidade em que pautas importantes são levantadas. Entre os assuntos debatidos, está a participação política desta comunidade. 
 
"Estamos preocupados com o Congresso Nacional e a bancada extremamente conservadora, que têm barrado vários projetos. Eu acho importante o nosso evento, em realmente a população saber dos LGBT, que muitas vezes estão ocultos na sociedade, dentro da própria família. Lutamos por demandas específicas e por vezes o Poder Público não atende às dificuldades, como é o caso das travestis", disse Fukumaro ao relembrar o drama das travestis e o conflito com os moradores da Vila Amorim, em Suzano. 
 
O evento promovido em Mogi é o reflexo das paradas já existentes em grandes metrópoles, como São Paulo e Nova Iorque. "A Parada LGBT surge como um protesto à repressão. Para ser lembrada, ocorre todos os anos e é realizada com orgulho. O orgulho é lembrar que a gente existe, estamos na sociedade. A gente procura viver de forma igualitária sem violência". 
 
Comissão na Câmara
 
Desde o surgimento do Fórum, um dos projetos do grupo é a criação de uma comissão na Câmara Municipal que atenda a esta comunidade. Por meio de audiências públicas, a associação se articula para um Conselho Municipal LGBT. 
 
"Seria um mecanismo oficial para levar os casos de violência que a gente passa, por toda burocracia somos ignorados. Algumas autoridades têm realmente uma enorme ignorância. Raras vezes sofri preconceito explícito, mas é uma coisa velada". 
 
De acordo com o presidente, apesar do empenho, a criação do conselho em Mogi ainda não foi viabilizada. Entre as justificativas está o impedimento de um consócio já que a comunidade tem representação estadual, por meio da secretaria de Educação; questões financeiras e até mesmo a falta de recursos humanos que atendimento à demanda.
 
"A gente sabe que são desculpas. O que ocorre é que as prefeituras são voltadas ao eleitor religioso. O LGBT não é a maioria, isso pesa na balança deles. É lógico, e eles não querem comprar a briga", rebateu Fukumaro se referindo a todas as administrações do Alto Tietê. 

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