Quase vinte anos depois de estrear no cinema com "Central do Brasil" (1998) e percorrer o mundo para divulgar a produção, que foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o carioca Vinícius de Oliveira volta a se destacar. Longe do garoto Josué, que precisava de ajuda para achar suas raízes, o ator agora vive um taxista que está disposto a contribuir para a vida de seus passageiros. Essa é a "missão" de João da Cruz Forte, na série "Santo Forte", que estreou recentemente no AXN. "Cheguei ao projeto por meio de teste, aos 44 minutos do segundo tempo. Fiz a seleção em um dia e, no outro, já estavam me ligando perguntando se queria fazer", revela. O convite foi aceito de imediato, segundo ele, que deu início à produção depois de fazer diversas leituras do texto. "Esse período foi ótimo e bastante enriquecedor porque conseguimos abrir caminhos " A atração mostra a rotina de João (Oliveira), um taxista de "corpo fechado" que, algumas vezes, ao receber o pagamento pela corrida, acaba tendo visões sobre os passageiros e se sente na obrigação de ajudá-los. Mas essa "missão" nem sempre é agradável porque seu dom acaba colocando-o em diversas enrascadas. De poucas posses, ele ainda tenta dar uma vida digna à mulher Dalva (Laila Garin) e aos seus filhos. Pai em período integral Aos 30 anos, Vinícius acredita que sua experiência fora das telas como pai do pequeno Benjamin " de dois anos, fruto do relacionamento com a atriz Sara Antunes " contribui para a ficção, mas o processo de construção do personagem vai além. "Apesar de ser pai de família na vida real, é totalmente diferente interpretar um na ficção. São outros tipos de situações", analisa. O ator ainda revela que curte ser pai em período integral. "Adoro estar presente sempre, desde trocar fralda até ficar o dia inteiro sozinho com ele". Ainda de acordo com o Vinícius, esse processo é enriquecedor porque permite ver "de perto o crescimento, o desenvolvimento e as descobertas de um ser humano Diariamente, vou me alimentando do mais puro amor que podemos ter por alguém". Quando questionado sobre outra paixão que tem em sua rotina, o futebol, ele não hesita em comentar sobre uma recente viagem que fez ao Irã, para disputar a Copa do Mundo dos Artistas. "Infelizmente, não ganhamos, mas ficamos em terceiro lugar. Valeu demais. Foi uma viagem incrível e inesquecível. E continuo bastante ligado ao futebol, o sonho de menino [de ser jogador] se foi, mas o prazer de jogar bola ainda é o mesmo."