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Caderno D

Personagem de Fernando Pavão em 'Escrava Mãe' será racista e violento

06 novembro 2015 - 07h00

Os adjetivos que definem a personalidade do aristocrático Comendador Almeida na novela “Escrava Mãe” (Record) já garantem a seu intérprete, o ator Fernando Pavão, que se trata de um vilão dos bons. Manipulador, inescrupuloso e racista são alguns dos traços do personagem. “O que mais me chamou a atenção é o quanto ele é violento. O Comendador tem uma lógica que praticamente o isenta de qualquer culpa, o que o torna perigoso e imprevisível”, adianta o ator. Na história de Gustavo Reiz, Almeida é poderoso e se junta à vilã Maria Isabel, de Thais Fersoza, para colocar em prática suas maldades. Ele se apaixona pela escrava Juliana, de Gabriela Moreyra, e tenta impedir o romance da moça com Miguel, vivido por Pedro Carvalho. Aos 44 anos e mais de 17 de carreira na tevê, Pavão comemora seu primeiro personagem realmente mau. “Acho que esse tipo de trabalho requer um pouco mais de maturidade, portanto, veio em um bom momento, para que ele não caia no lugar comum do homem simplesmente malvado”, analisa. O que você já sabe sobre a história do Almeida? Fernando Pavão - Ele é um personagem sem escrúpulos, muito manipulador, com um senso de humor peculiar, mulherengo, mas que tem seu ponto fraco, que não vou contar, claro! O que mais me chamou a atenção é o quanto ele é violento. Ele tem uma lógica que praticamente o isenta de qualquer culpa, o que o torna perigoso e imprevisível. O Comendador e a Maria Isabel (de Thais Fersoza) têm alguns interesses em comum. Eles armam juntos em vários momentos da novela. Você já fez inúmeros trabalhos, mas esse é seu primeiro vilão. O que esse personagem acrescenta na sua carreira? Fernando - Acho que me traz novas possibilidades, dentre elas trabalhar as sutilezas. Decidimos, por exemplo, que ele tenha uma personalidade que alterne rompantes de agressividade com frieza, o que trouxe uma sensação de nunca saber o que vem dele. Acha que esse posto de vilão veio na hora exata? Fernando - Há muito tempo queria fazer algo diferente e acho que esse tipo de personagem requer um pouco mais de maturidade, portanto, veio em um bom momento, para que ele não caia no lugar comum do vilão simplesmente malvado. Quero que seja mais rico e interessante. Que tipo de lugar comum você quer dizer? Fernando - De não cair no estereótipo do vilão mesmo. Pois antes de ser mau, esse alguém é humano e tem sentimentos, motivações e a busca foi essa. Apesar das barbaridades que ele faz, criar alguém com alma, humor.

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