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Caderno D

Seminário traz nesta quinta-feira histórias sobre o Tratado da Tríplice Aliança

Evento terá a participação do historiador paraguaio Eduardo Nakayama, Dani Gonzalez e Moacir Assunção

18 setembro 2019 - 23h38Por de Suzano
O grupo suzanense Contadores de Mentira realiza nesta quinta-feira (19), às 20 horas, na Universidade Unisuz, um seminário sobre a história da Tríplice Aliança contra o Paraguai no século 19. Desde 2013, o grupo estuda o tema e busca criar uma poética teatral sobre o fato histórico. O evento é gratuito e aberto ao público. 
 
Na oportunidade, a discussão sobre o Tratado da Tríplice Aliança, um dos mais sangrentos episódios da América Latina, irá ter como convidados o historiador paraguaio Eduardo Nakayama, que há anos se dedica a estudar esta guerra, a artista Dani Gonzalez também do Paraguai, e o jornalista Moacir Assunção. 
‘Adiós Paraguay’
 
O espetáculo Adiós Paraguay estreou na sede do grupo em Suzano. Depois, a peça foi para Jacareí, Poá, Mogi das Cruzes, São Paulo, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Piracicaba.
 
Agora, o espetáculo volta ao Alto Tietê para mais três apresentações no Galpão Arthur Netto, nos dias 20, 21 e 22 de outubro, às 19h30. Os ingressos para o evento serão distribuídos uma hora antes, com apenas 40 lugares à disposição. 
 
Pesquisa sobre o tema
 
De acordo com os responsáveis pela peça, a jornada para produzir o espetáculo se iniciou em 2013. Neste período, o grupo suzanense circulou o país, com outra obra, a do massacre de Canudos. Foi então que as pesquisas os fizeram voltar um pouco mais na história e, assim, chegamos a guerra contra o Paraguai.
Foram cinco anos de pesquisa. No entanto, o longo período não fez com que os deixassem preparados para tratar sobre o Tratado da Tríplice Aliança. “Como brasileiros sentíamos o peso de estar no território do opressor. No Brasil, pouco se fala desta guerra, aliás, pouco se fala de episódios violentos de nossa história. O Brasil Império, junto ao Uruguai e Argentina, reduziu a população do Paraguai a quase 30%”, explicou os organizadores.
 
Em janeiro deste ano, o grupo suzanense seguiu viagem ao Paraguai. “Fizemos o percurso da guerra. Estivemos em locais que foram campos de batalha, em reservas históricas e culturais. Visitamos museus, prédios históricos, navegamos no Rio Paraguai, conversamos com historiadores, pensadores, artistas etc. Escutamos o povo, suas cobranças e sentimos a ferida aberta”, destacou nota enviada pelo grupo.
 
A pesquisa ainda passou na Argentina, e depois, o Uruguai. Foram mais de 47 horas de viagem, em ônibus e barco. No total, os pesquisadores suzanenses visitaram 19 cidades. 
 
“Esta obra é nossa maneira de dizer que é preciso estar sempre atentos à nossa história. O Brasil desconhece a violência que carrega em sua bandeira, fecha os olhos para o passado e, muitas vezes, tenta negar que seu presente é consequência dessa mão opressora, endireitada e violenta. Pedimos licença ao povo paraguaio para tocarmos nesta história. E agradecemos a oportunidade de com nosso Teatro cruzar fronteiras." Conta Daniele Santana, atriz do Contadores de Mentira.

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