O Teatro da Neura, após levar a magia da peça "A Menina da Cabeça de Bola" para cinco cidades do Alto Tietê, além de Santa Branca, no Vale do Paraíba, encerra a circulação do espetáculo hoje, às 11 horas, na Praça do Jardim Imperador, em Suzano, localizada próximo ao Suzano Shopping e à Capella Lanchonete. Ganhadora, no ano passado, do Prêmio Funarte Artes na Rua, a produção foi encenada dez vezes, em praças, parques e na rua, oferecendo aos que nunca foram ao teatro a possibilidade de assistir a uma produção teatral. Um total de mil pessoas conferiu a produção até o momento. Inspirada em uma história em quadrinho de mesmo nome, criada pelo ilustrador Bertho Horn em parceria com Ariana Silva e Camila Barbosa, a peça, que é livre para todas as idades, conta a história de uma garota que tem uma característica distinta em comparação aos demais: uma cabeça de bola. Mesmo com essa diferença, ela é vítima da imposição familiar, enfrenta desilusões e ama, sofrendo, por vezes, por conta desse sentimento. O espetáculo também foi apresentado em Santa Isabel, Arujá, Biritiba Mirim, igaratá e Suzano. De acordo com o diretor e dramaturgo Antônio Nicodemo, fundador do Teatro da Neura, que avalia de forma positiva a circulação do espetáculo, o Prêmio Funarte Artes na Rua possibilitou ao grupo a oportunidade de vivenciar diversas experiências nas apresentações. "A circulação foi muito rica em trocas com o público, que é muito generoso. Na rua, o grupo está exposto a tudo, desde pessoas que interagem com o espetáculo até aqueles que andam pelo cenário. Encenamos para espectadores de todas as idades, que vão dos quatro aos 80 anos" conta. Nicodemo revela que, em uma das apresentações realizada em Suzano, uma senhora de 80 anos relatou que "A Menina da Cabeça de Bola" foi o primeiro espetáculo que assistiu em sua vida. "Todas as apresentações me marcaram, mas essa foi muito especial, pois a senhora, depois de receber o programa com mais informações da peça, pegou um banquinho e assistiu, vidrada, ao espetáculo. Assim como ela, outras pessoas tiveram a mesma experiência", relembra.