A redução nas receitas do governo federal, no próximo ano, deve afetar diretamente 108 dragarias do Alto Tietê que comercializam remédios por meio do programa "Aqui tem Farmácia Popular". Isso porque, a Proposta de Lei Orçamentária Anual encaminhada pela União ao Congresso Nacional prevê repasse zero para a ação que, neste ano, tem repasse previsto de R$ 578 milhões. Para vigorar, o documento ainda deve ser aprovada pelo Congresso. O programa criado em 2004 e expandido em 2006, possibilita a aquisição de medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas, em farmácias credenciadas pelo governo federal. Os descontos chegam a 90%. Com o corte do repasse para a iniciativa, na prática, essa política deixará de existir. No Alto Tietê, para se ter uma ideia, em Mogi das Cruzes, 49 estabelecimentos estão cadastrados. Em Suzano são 17. Itaquaquecetuba conta com 16 unidades no programa e Poá sete. De acordo com a proposta encaminhada pelo governo ao Congresso, o programa Saúde Não Tem Preço - onde o paciente não precisa pagar por medicamentos para diabetes, hipertensão e asma - e as unidades próprias da Farmácia Popular, continuam em operação. Contudo, o número de unidades próprias também pode diminuir, uma vez que a previsão é não ultrapassar 460 postos de venda, em todo o País. Na região, estão instaladas seis sedes da Farmácia Popular, uma em Ferraz de Vasconcelos, duas em Itaquá, uma em Poá e duas em Suzano. Segundo o Ministério da Saúde, a União trabalha pela recomposição do orçamento para 2016 com a apresentação de propostas que visam garantir um aporte adicional de recursos. "É importante lembrar que o cenário que se desenha para 2016 não é definitivo. A proposta orçamentária é um projeto de lei que ainda será discutido no âmbito do Congresso", frisa a pasta.