Aconteceu nessa terça-feira em Suzano, a 1ª Caminhada de prevenção da doença renal, promovida pela Associação de Renais Crônicos do Alto Tietê (Arcat).
A passeata teve como objetivo alertar a população sobre os riscos da doença e enfatizar o déficit financeiro que os institutos de nefrologia de Suzano e Mogi das Cruzes vem enfrentando pela falta de repasse do governo federal aos setores de hemodiálise.
Durante a caminhada, a assistente social do Arcat, Isabel Cristina Cândido, discursou a importância do repasse correto para as clinicas que, sem a verba, ficam limitadas ao atendimento de novos pacientes.
"O repasse da verba não está atingindo o tanto de pacientes que atende, está sempre faltando uma parte do valor da sessão de hemodiálise. Os institutos não estão dando conta de cobrir o déficit e com isso, não podemos aumentar as instalações dos setores de hemodiálise e nem atender mais pacientes", comenta.
De acordo com os dados divulgados pela Arcat, o custo de uma sessão de hemodiálise nos institutos é aproximadamente R$ 270. Porém, a clínica recebe somente R$ 194 do governo federal, gerando um déficit de R$ 76 por sessão.
Cada paciente com doença crônica renal precisa fazer a sessão mais de uma vez por semana.
A vice - presidente da Arcat e renal crônica há 30 anos, Erli Ferrari, enfatizou a importância da passeata e das vidas das pessoas que depende do tratamento.
"De uns anos para cá, a situação de quem depende de uma máquina para ficar vivo está piorando. Já fizemos um abaixo-assinado solicitando o repasse correto da verba, mas não conseguimos enviar ao ministro da saúde. Com isso, diversas clínicas se juntaram para mudar essa situação e foi quando a campanha de valorização a vida foi criada 'Vidas importam, a diálise não pode parar'".
Cerca de 20 pessoas (pacientes) participaram da caminhada que teve inicio na Praça dos Expedicionários e seguiu, pela Avenida General Francisco Glicério, até a Praça João Pessoa.