Os bairros Casa Branca e Boa Vista são os lugares de maior incidência de casos de dengue. Juntos eles somam 27 casos dos 130 confirmados na cidade. Entre as ocorrências na cidade, 75 são autóctones (contraídos dentro do município) e 55 importados. A Vigilância Epidemiológica alerta ainda quanto à cooperação da população para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. A Secretaria da Saúde mapeou os casos de dengue e listou os bairros com maior e menor índice. Além do Casa Branca e Boa Vista, com 14 e 13 casos, respectivamente, o terceiro local com mais incidência da doença é o Jardim Colorado, que já registrou sete ocorrências. Em seguida, aparece o bairro Cidade Edson, com seis casos. Com cinco ocorrências, cada um, estão os bairros da Vila Amorim, Jardim Varan, Jardim São José e Jardim Planalto (veja tabela completa no quadro abaixo). A monitoração apontou ainda os bairros da Vila Urupês, Parque Maria Helena, Miguel Badra, região central, distrito de Palmeiras e Miguel Badra Baixo apresentando quatro casos confirmados, cada. Com três incidências, estão os bairros da Vila Figueira, Jardim Europa e Jardim Gardênia Azul. O Aedes aegypti tem cerca de cinco milímetros, é preto com listras brancas e possui três pares de patas. Ele ataca principalmente ao amanhecer e entardecer. O mosquito se reproduz em vasos, pneus, garrafas ou qualquer recipiente com água limpa. Por isso, a maior recomendação é manter os reservatórios de água devidamente fechados. Para melhorar o combate à doença, a Prefeitura de Suzano adquiriu novos equipamentos.
MORADORES Os suzanenses estão preocupados com o índice nos casos da dengue e afirmam estar empenhados em realizar os cuidados necessários para combater a proliferação do mosquito transmissor. "Em casa, os poucos vasos que tenho coloco areia como prevenção. É muito importante que a população se conscientize. Vejo muitos jogando pote de iogurte, lata de refrigerante na rua. Todo esse lixo pode servir de local para a criação do mosquito", relatou Adriana Oliveira, residente do bairro São José. Outro caso que preocupa os moradores é a assistência que as unidades de saúde possam dar para quem apresenta os sintomas. O comerciante da Vila Amorim, Carlos Samuel, relatou com indignação o fato de depois de se apresentar a Santa Casa de Suzano com sintomas da doença, os profissionais da unidade de saúde lhe aplicaram Dipirona e Voltaren. Samuel conta que na unidade hospitalar Luzia de Pinho Melo, em Mogi, o caso foi tratado como dengue. O comerciante foi instruído a realizar um exame sorológico em uma unidade de saúde mais próxima de sua residência. Segundo o suzanense, o resultado demora de 15 a 30 dias para ficar pronto. "Fiquei 12 dias doente em casa, tomando a medicação que me receitaram em Mogi e tomando muito líquido. Agora aguardo o resultado da sorologia", completou. O jovem Valdir dos Santos, de 29 anos, e morador do bairro Casa Branca que apresenta maior incidência da doença relatou que a situação inspira cuidados e atenção. "É preciso ter cuidado e muita atenção em relação à dengue. Sempre procuro manter o quintal limpo e os lugares que contêm água bem fechados. O combate à doença vai muito do próprio morador, por mais que falem que a Prefeitura está atenta", relatou.