O Centro Social Bom Samaritano em Suzano recebe anualmente 1,5 mil desabrigados. Com mais de 10 anos de história, o local funciona como um abrigo, localizado na Rua General José Gafetti, 12 - Jd. Nazaré e por dia atende 50 pessoas, limite máximo que a casa tem. O local é mantido pela Cáritas de Suzano- entidade ligada a Igreja Católica e pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Com funcionamento 24 horas e oferece alimentação e estadia a imigrantes, andarilhos, moradores de rua e famílias em situação de risco. O Bom Samaritano é a única casa de acolhimento de Suzano. Um desafio, define a assistente social da entidade, Shirley Aurea, de 32 anos, dois quais, 10 dedica a profissão e dois ao abrigo. Ela avalia que a maioria dos internos é imigrantes, ex-dependentes de entorpecentes que se encontram em situação de rua. Ela aponta que, a média de permanência desses desabrigados é de dois dias, mas que por lei eles podem ficar até seis meses. Shirley comenta, ainda, que, dentro do abrigo existe o trabalho de resgate dessa população e inserção no contexto social. "Eles chegam aqui sem documento, sem emprego e cabe a nós ajudá-los a se reencontrarem na sociedade". "O trabalho é difícil, nós o tiramos da rua, mas nem sempre a rua sai deles". Aparelhada com 7 quartos, sendo que, desses, 40 vagas são destinadas a homens, 10 a mulheres; cinco banheiros; um refeitório; uma cozinha industrial; uma capela e uma lavanderia industrial, o local conta com a colaboração de aproximadamente 18 funcionários. "Hoje, atendermos toda a população de Suzano é um grande trabalho que comete uma responsabilidade muito grande e implica dificuldades que nem sempre são vistas por aqueles que regem o município", comentou a assistente social. Ela aponta que para a casa ser mantida se faz necessário sair em busca de doações vindas de empresas e da sociedade civil. Apesar das doações e de uma verba que a entidade recebe, não informada, Shirley comentou que a casa passa por dificuldades. Ela estima que por dia, são oferecidas, 200 alimentações, pois, além de abrigar, a casa tenta ajudar pessoas que não podem entrar por conta da lotação máxima que são de 50 pessoas. "Assim como temos as refeições diárias para os internos, temos para quem vem de fora", comentou. O mesmo é feito em relação higiene pessoal e abrigo. "Doamos para alguns moradores de rua que não estão abrigados esse kits de higiene pessoal e no inverno cobertores", falou. Shirley ressalta que, a entidade busca sempre por ajuda e, que, fazer esse serviço demanda muito trabalho, por isso, está aberta para receber ajuda de qualquer pessoa. Ela destacou que, roupas, principalmente para homens, são bem-vindas e que podem ser entregues diretamente na instituição.