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Jornal Diário de Suzano - 18/04/2024
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Cidades

Demissões no setor metalúrgico aumentam 34,5%

Sindicato aponta pandemia como uma das principais causas dos desligamentos

02 julho 2020 - 22h30Por Carolina Rocha - de Suzano
As demissões em metalúrgicas de Suzano aumentaram 34,5% no primeiro semestre de 2020. As informações são do Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano. De acordo com a entidade, de janeiro a junho de 2019, 185 funcionários foram desligados. Neste ano o número de demissões no mesmo período foi de 249.
 
Para o presidente do sindicato, Pedro Alves Benites, um dos principais motivos para o aumento dos desligamentos foi a pandemia do novo coronavírus. Ele conta que muitas empresas usaram da crise causada pelo vírus para realizar o corte de funcionários, e que deixaram de usar a rotatividade nas contratações e dispensas.
 
“Muitas empresas usam da rotatividade, que é demitir quem ganha mais e substituir por alguém que ganha menos. Só que agora não ocorre mais essa rotatividade, então a situação está bem complicada para os trabalhadores”, lamenta.
 
Benites diz que o sindicato tem tomado medidas e realizado ações para tentar minimizar os impactos da pandemia nas demissões. A negociação com as empresas para a manutenção dos empregos tem sido uma das frentes da entidade.
 
“Nós temos negociado de empresa a empresa pela redução de jornada de trabalho e salário, trabalho remoto, utilização de banco de hora e outras medidas para suavizar a crise, garantir o emprego e reduzir as demissões. Acredito que se não tivéssemos feito essas ações, o quadro seria bem pior”, pontua.
 
Recentemente, a Mitutuyo Sul Americana, fábrica que produz instrumentos de medição, anunciou o fechamento de sua fábrica em Suzano. O sindicato estima que 90 trabalhadores serão demitidos com o encerramento das atividades previstas para outubro, e que a pandemia do novo coronavírus foi determinante para que a empresa decidisse fechar a única fábrica fora do Japão.
 
Reajustes 
 
Ainda é incerto o reajuste salarial para os metalúrgicos este ano. Benites afirma que, apesar de ser definido por lei, ainda não há discussões sendo realizadas neste sentido com a Federação Estadual dos Metalúrgicos de São Paulo. No entanto, vale ressaltar que a data-base da categoria é em novembro e que tratativas quanto a esse ajuste começam a acontecer em meados de agosto e setembro.
 
O presidente reforça que a campanha salarial precisa ser realizada. Isso porque o acordo coletivo de trabalho vigora até o dia 31 de outubro, quando é necessário realizar um novo acordo, o que também engloba os reajustes de salário.

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