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Cidades

Desconstrução do machismo e masculinidade são temas de debate no Moriconi

Encontro foi realizado na noite desta terça-feira (22) e reuniu mais de 70 pessoas

24 maio 2018 - 14h23Por de Suzano

O VI Curso de Promotoras Legais Populares recebeu na noite dessa terça-feira (22) o grupo reflexivo “Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher” para uma roda de conversa. O evento, que contou com a participação de mais de 70 pessoas, foi realizado no Anfiteatro Orlando Digenova, nas dependências do Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi.

Com início às 19 horas, o encontro teve à frente o diretor da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, o advogado Cesar Braga; o assistente social do Pronto-Socorro Municipal Ítalo Rodrigues; o educador social do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Casa Branca Gabriel Veiga; o entrevistador social também do Cras Casa Branca Lucas Sena; o auxiliar de enfermagem do Centro de Atendimento Psicossocial de Suzano – Álcool e Drogas (CAPS-AD) Fabiano Almeida; e o chefe do Departamento de Apoio à Mulher de Poá, Orlando Batista, que são membros do grupo reflexivo.

Na oportunidade, cada participante pôde se apresentar e falar um pouco sobre os trabalhos e as metas do grupo reflexivo, bem como da formação do “Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que foi lançado em Suzano no ano passado por meio da Comissão da Mulher Advogada com apoio do Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe).

Em seguida, todos os presentes puderam fazer questões sobre o machismo e sua desconstrução na sociedade contemporânea; a masculinidade e o feminismo; a violência contra a mulher e os índices de feminicídio; e também o trabalho de ressocialização de homens infratores na Lei Maria da Penha (lei federal 11.340/2006).

Segundo Braga, o grupo de homens tem o objetivo de conversar com agressores, fazê-los repensar os conceitos de masculinidade e tentar descontruir o machismo. “O primeiro passo que damos no grupo reflexivo é o de reconhecermos que todos nós (homens) somos machistas. A partir disso, trabalhamos a desconstrução desse modelo cultural que está intrínseco em nossa sociedade. É um trabalho muito embrionário, mas que é necessário para que possamos minimizar atos machistas e, quem sabe um dia, findarmos esse problema social”, argumentou.

Para a presidente do Fundo Social de Solidariedade e madrinha do Promotoras Legais, a primeira-dama Larissa Ashiuchi, tão importante quanto o enfrentamento ao feminicídio e o trabalho de desconstrução do machismo, é a ressocialização de homens agressores. “O evento foi fundamental para esclarecermos dúvidas sobre masculinidade e para conhecermos o trabalho de reabilitação de agressores, para que não voltem à sociedade e cometam mais violência contra a mulher. Agradeço o engajamento destes homens. Sei que unidos, podemos desconstruir uma sociedade machista e formar cidadãos que respeitem o próximo”, frisou.

Além da primeira-dama, o debate também contou com a participação do vice-presidente da Câmara de Suzano, o vereador Rogério Gomes do Nascimento; da diretora do Saspe e advogada Sandra Lopes Nogueira; da presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção Suzano, Patrícia Braga; e do jornalista e colunista social Gil Fuentes.

Origem

O grupo de homens no combate à violência contra a mulher surgiu por meio da Comissão da Mulher Advogada da OAB – Subseção local, com apoio do Saspe. A iniciativa foi lançada em 25 de abril de 2017 no Fórum de Suzano. Inclusive, foi nesta mesma data que a municipalidade abriu inscrições para o grupo reflexivo “Homens pelo fim da violência contra a mulher”.

A formação dos suzanenses no curso teve início em 31 de julho do ano passado, nas dependências de uma universidade privada em Itaquaquecetuba. O curso foi financiado pela Escola da Defensoria Pública do Estado e Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, ambos ligados à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

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