O desmatamento da Mata Atlântica nas cidades da região avançou nos últimos anos. Entre 2012 e 2014, o Alto Tietê perdeu 80 hectares de vegetação natural. Com isso, 79,27% do território que deveria ser conservado está desmatado. O levantamento foi divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o levantamento intitulado Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, as dez cidades da região tinham 252.175 hectares de vegetação natural. Atualmente, possuem apenas 52.271 hectares, o que representa 20,73% No período entre 2012 e 2014, Suzano foi a cidade que mais desmatou áreas nativas, com a perda de 39 hectares. Dos mais de 20 mil hectares que o município tinha de Mata Atlântica, atualmente resta apenas 2,4 mil hectares, o que equivale a 12%. Salesópolis e Ferraz de Vasconcelos desmataram dez hectares; Itaquaquecetuba, oito hectares; Arujá, sete hectares; e, Mogi das Cruzes, seis hectares. As outras cidades da região não tiveram desmatamento neste período. Poá é a cidade com menor número de conservação. Isso porque, o município tinha 1.712 hectares e toda a área foi desmatada. Entre as cidades que possuem Mata Atlântica, Itaquá tem o menor percentual: 3%, seguida de Santa Isabel, com 4%. Biritiba Mirim é o município com maior território conservado: 33%, seguido de Salesópolis, com 32%. Mogi das Cruzes é a cidade da região que possui a maior área territorial conservada: 15.103 hectares, porém seu percentual de conservação é menor (21%) porque a cidade também tinha a maior área total: 71.232 hectares. NACIONAL Dados nacionais apontam que quatro dos 10 municípios que mais desmataram a Mata Atlântica no Brasil no período 2013-2014 ficam em Minas Gerais, Estado que liderou o ranking do desmatamento por 5 anos consecutivos e que agora passa a primeira posição para o Piauí. No mesmo período, por outro lado, o Piauí abriga os dois municípios com maior conversação de Mata Atlântica no País, Tamboril do Piauí e Guaribas, ambos com 96% de vegetação natural - que inclui, além das florestas nativas, os refúgios, várzeas, campos de altitude, mangues, restingas e dunas MAPEAMENTO O primeiro mapeamento da Mata Atlântica foi publicado no ano de 1990. Em todas as etapas de sua atualização, o Atlas contou com a participação, a contribuição e o apoio de diversas instituições, órgãos governamentais, entidades ambientalistas, universidades, institutos de pesquisa, empresas, além de vários pesquisadores, cientistas e ambientalistas.