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Cidades

Em entrevista ao DS, goleiro de futsal na Itália relata dias de quarentena

Kléber Belluzo conta em entrevista ao DS a situação em que se passa no país

31 março 2020 - 20h06Por Felipe Silva - de Suzano
Na última segunda feira (30), o programa DS entrevista conversou com o brasileiro Kléber Belluzo, 32, que é goleiro de futsal da equipe ASKL, da Itália. Ele mora no país há três anos, na cidade de Ascoli Piceno, a 200 km de Roma, mas que fica localizada na região central do país. Na cidade de Ascoli, foram registrados mais de 200 casos por conta do Covid-19 e duas mortes confirmadas. 
 
A Itália decretou quarentena, para evitar a propagação ainda maior do vírus. O país é o que tem mais mortes confirmadas por conta do vírus até terça feira (31), são mais de 11.500 mortos. Belluzzo está em quarentena há mais de 25 dias. Ele conta durante a entrevista que não vê a hora de poder voltar a treinar e a situação se normalizar. “É um teste psicológico, estamos acostumados a treinar duas vezes por dia, e agora ficar parado todo esse tempo é complicado”, disse. Ele conta também que ao longo desses dias em que permanece de quarentena, apenas saiu três vezes para ir ao mercado, para evitar ao máximo o contato com outras pessoas. 
 
O ASKL, equipe em que o goleiro atua, está com as atividades suspensas por tempo indeterminado, seguindo as orientações do governo italiano. A previsão de retorno do campeonato de futsal era para o final do mês de abril, mas com o avanço da doença e o alto número de mortes registradas, qualquer evento esportivo do país foi suspenso, por tempo indeterminado. Na entrevista, Belluzzo conta que pela maneira que está ocorrendo os fatos há grande chance de o campeonato ser encerrado de forma definitiva. O contrato do brasileiro com o clube italiano vai até o final de junho.
 
O atleta conta que um dos motivos de o vírus ter se espalhado ainda mais pelo país foi por conta da população, que tratava a doença como apenas uma “gripezinha”. De acordo com Belluzzo, muitas pessoas utilizavam desculpas para não ficarem em quarentena, afirmando que tinham que passear com cachorro, respirar ar livre, e assim fazendo a doença se espalhar mais entre elas. “No começo da quarentena a população estava bem desleixada quanto às medidas de saúde. Mas conforme o número de mortes avançou, as pessoas se conscientizaram”, conta.
 
Rotina
 
Aproveitando o calendário de jogos paralisado, Belluzzo tem aproveitado bem o seu tempo. Ele acorda cedo, toma o seu café e realiza um treino em seu apartamento que seu personal trainer aqui do Brasil montou para ele. Logo após seu treino ele faz seu almoço e vai para as aulas de sua faculdade online.
 
Ele conta que a saudade dos seus pais que moram em Minas Gerais, seus irmãos que estão em São Paulo e seus colegas no Brasil aperta, mas tem lidado de maneira tranquila a situação. “É uma rotina que não tem muito o que mudar, nessas horas que é o momento de se distrair, conversar com seus colegas e família por mensagens e vídeos chamadas para matar um pouco da saudade”, completa.

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