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Suzano

Em menos de 2 anos, prédios do Paulista II sofrem com o tempo

Paulista II contemplou cerca de 300 famílias, ou seja, um total de quase 1,2 mil pessoas. Na época, foram investidos R$ 28,1 mi

16 agosto 2018 - 23h58Por Marcus Pontes - de Suzano
Quase dois anos após ser inaugurado, o condomínio Paulista II, do Minha Casa, Minha Vida, localizado no Jardim Monte Cristo, sofre com o tempo e, principalmente, com a falta de manutenção preventiva. O problema tem causado infiltrações, rachaduras, vazamentos, entupimentos entre outros problemas. Com isso, moradores temem que algo pior venha a ocorrer no futuro. Entregue em 2016, o Paulista II contemplou cerca de 300 famílias, ou seja, um total de quase 1,2 mil pessoas. Na época, foram investidos R$ 28,1 milhões. A ida ao empreendimento foi e é a realização de um sonho para muitos dos moradores, que viviam em áreas de risco. 
 
Atualmente, a incerteza de um futuro próspero reina em boa parte dos entrevistados. Isso devido aos problemas que o condomínio vem apresentando dia-a-dia. Os riscos, principalmente, à saúde de moradores são o mais comentam. Em pouco mais de 50 minutos no local, a reportagem flagrou inúmeros problemas: as bases da estrutura de quase todos os blocos apresentavam rachaduras, a caixa d'água enferrujada e as caixas de energia elétrica tinham fios emaranhados. Segundo o pintor Pedro Marques Moreira, os problemas já foram relatados à Caixa Econômica Federal (CEF) e a Cury, responsável pelas obras do Paulista 1 e Paulista 2. "Teve uma vez que fiquei o dia inteiro para falar com eles (Caixa). Só tocou uma música e nada", disse.
 
Outro problema também enfrentado pelos moradores se refere à rede de esgoto. O síndico Francisco Ferreira Gomes diz que o condomínio precisou fazer um contrato de um ano com uma empresa de desentupimento, pois, o problema sempre ocorre. "Tinham que ter construído as caixas de esgoto acima do nível da rua. Infelizmente, eles não fizeram isto e obrigaram-nos a ter que desembolsar um valor para não sofrermos mais". Os desafios enfrentados pelos moradores não se restringe a estes problemas estruturais aparentes. Isso porque, devido às infiltrações, a saúde de alguns moradores é a mais prejudicada. Em um dos apartamentos visitados, a reportagem flagrou um casal de idosos tendo que viver com mofo. "É ruim (saúde), porque tenho diabetes e outros problemas. Isso só piora quando vem essa época de frio", disse a aposentada Teresa Maria Jesus de Oliveira.
 
Além do casal de idosos, o ajudante, Manoel Gerson do Nascimento, também enfrenta esse problema. Segundo ele, foi preciso ter que desembolsar um valor a mais para a compra de tintas que pudessem esconder momentaneamente a situação de mofo nas paredes e teto. "Pintamos, mas não tem jeito, volta de novo. Neste tempo, a gente fica doente mais rápido, principalmente quando pegamos alguma gripe". Mesmo com todas as dificuldades, a vida desses moradores ainda é de esperança e alegria. Uma moradora relatou, informalmente, que ter ido ao local a trouxe paz por ter uma casa própria. 
 
Resposta
 
A Cury Construtora enviou nota afirmando não ter recebido nenhuma queixa sobre os problemas relatados na reportagem. E frisou "A incorporadora agendou uma reunião com o síndico do empreendimento para a próxima segunda-feira, dia 20". O texto também explica que as queixas podem ser feitas e exigidas via Programa de Olho na Qualidade da Caixa. "As reclamações são recebidas e encaminhadas diretamente aos construtores", finalizou. 
 
Em nota, a Caixa disse "esse empreendimento há apenas um registro de reclamação em aberto, sobre o qual a construtora já foi notificada. As demais reclamações abertas desde a entrega do empreendimento já foram tratadas. 

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