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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Cidades

Imóveis da região central de Suzano começam a ser desocupados

Em alguns estabelecimentos, já é possível ver placas de ‘vende-se’ e ‘aluga-se’

21 maio 2020 - 22h30Por Daniel Marques - de Suzano
Comerciantes estão desistindo de seguir com os estabelecimentos, e começam a aparecer, nas portas de lojas de Suzano, placas indicando que os imóveis estão “à venda” ou “alugando”.
 
Com boa parte do comércio fechado por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os comerciantes estão sem trabalhar e, sem terem de onde tirar dinheiro, acabam abrindo mão de um sonho.
 
O DS fez vários registros de lojas que antes do início do período de pandemia, funcionavam normalmente, mas que agora estão disponíveis para locação.
 
Segundo Ademilson Bernardes, presidente da Associação dos Corretores de Imóveis da cidade (Acoris), isso acontece, muitas vezes, por conta da falta de sensibilidade de proprietários de imóveis, que não sabem como administrar a situação. 
 
Ele diz que é necessário entender que, em alguns casos, os donos realmente necessitam do dinheiro dos aluguéis, mas em outros, não aceitam renegociar os valores.
 
Esses são minoria, mas existem em Suzano. Por isso, Bernardes pede um pouco mais de “bom senso” aos proprietários no momento difícil em que o Brasil passa.
 
“Cabe ao proprietário ter bom senso e manter o inquilino nessa época. Fazer uma negociação, porque se o alugador desocupar o imóvel, fica uma condição pior para o proprietário. Alguns imóveis estão desocupados. Ali, pode ter certeza que o proprietário foi intransigente e não entrou em negociação, e o inquilino foi obrigado a devolver. Não é uma atitude sensata”, afirma Bernardes.
 
Ele recomenda que os donos dos imóveis aceitem renegociar o aluguel, com redução do preço, isenção ou parcelamentos, já que após a pandemia, a tendência é que seja mais difícil locar os pontos.
 
“(De maneira geral) os proprietários estão aceitando, porque é muito mais viável manter o inquilino. Dando um fôlego, o alugador volta para as atividades normais. No entanto, se você o obriga a pagar o aluguel total, ele vai desocupar o imóvel, que vai ficar fechado e, após a pandemia, vai ser complicado de alugar. E a pandemia vai passar”, conta.
 
O presidente ainda destacou que, atualmente, o inquilino não está isento de pagar o aluguel, então não há como “exigir” uma redução. Assim, a sensibilidade de ambas as partes pode evitar dores de cabeça. “É uma obrigação dele (pagar). Se o proprietário entrar em demanda com o inquilino, a ação vai para a justiça, e não é interessante para ninguém”, finalizou.

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