Os deputados federais do Alto Tietê divergem opiniões em relação a CPI da Covid. De acordo com eles, a criação da comissão é uma ação política para desgastar a imagem do presidente Jair Bolsonaro. A comissão parlamentar de inquérito, em andamento no Congresso Nacional, investiga supostas omissões e irregularidades nos gastos do governo federal durante a pandemia da Covid-19 no Brasil.
Para a deputada Katia Sastre (PL), a CPI não deveria ocorrer, neste momento, principalmente com foco nas ações do governo federal. Segundo a parlamentar, há milhares de relatos de corrupção estaduais e municipais com o dinheiro repassado pela União para combate à pandemia. “Esse crime matou milhares de pessoas”, disse.
“A CPI é um palanque político para 2022 e, evidentemente, uma forma de tentar desgastar a imagem do presidente Bolsonaro, já que o impeachment não colou. Mas o povo está com o presidente e sabe muito bem quais são os interesses políticos dessa comissão parlamentar de inquérito”, frisou.
Katia Sastre ainda comentou que, caso pudesse votar, seria a favor da inclusão da investigação de governadores, como requereu o senador Eduardo Girão (Podemos).
Por outro lado, o deputado Roberto de Lucena (Pode) defende a CPI da Covid que apure a aplicação dos recursos federais destinados ao combate à Covid-19 nos estados e nos municípios.
“Hoje, o objetivo é claramente o político e está bem endereçado”, esclareceu.
Já o deputado Marco Bertaiolli (PSD), desde quando começou a CPI, disse que tudo tem que ser investigado.
No entanto, o parlamentar acredita que a comissão deveria ocorrer próximo ao fim da pandemia. Para ele, todos os esforços deveriam estar concentrados na conquista de mais vacinas e no combate da pandemia.
“Qualquer possibilidade ou suspeita de desvio tem que ser investigado, mas não pode ser palanque político e prejudicar o governo federal. Acho que poderia ser mais para o final. Que todos os esforços deveriam estar concentrados na conquista de vacina e no combate da vacina. E depois verificar e punir”, concluiu.
O DS tentou contato com os outros deputados federais da região, mas até o fechamento da reportagem não houve resposta.