O secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o nível de segurança das represas do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) é de 70%. A informação foi dada durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), realizada na semana passada. Foi o primeiro encontro que o responsável da pasta participou.
A afirmação foi feita após o Consema aprovar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da bacia do Rio Itapanhaú para o Spat. "Não podemos nos furtar a dar soluções enquanto o problema vai sendo tratado", disse. "No Alto Tietê, estamos falando em volume em 44,5%. O percentual que deveria estar, de segurança, é 70%".
O última mês - em que neste período do ano - as represas da região registraram um índice de 70% foi em 2011. Nos dois anos seguintes, a média foi mantida, já que em 2012, os reservatórios tinham um volume de 53,5% e, no ano seguinte, de 63,6%. Em 2014, quando foi iniciada a crise hídrica, o Spat tinha 20,7% de volume armazenado
CRISE HÍDRICA
A crise hídrica fez com que o governo do Estado realizasse uma série de obras, sendo que algumas delas atingiu a região, como a transposição de água do Rio Guaió. Além disso, as represas do Alto Tietê passaram a abastecer a Zona Leste de São Paulo por conta da falta de água no Sistema Cantareira. Houve rodízio de abastecimento em diversas cidades da região, apesar de o governo estadual nunca haver confirmado a informação oficialmente. A explicação é que a falta de água nas torneiras aconteciam por conta da redução de pressão.
RIO ITAPANHAÚ
A obra de reversão na bacia do Itapanhaú tem como objetivo aumentar a segurança hídrica do Sistema Produtor Alto Tietê, que hoje abastece 4,5 milhões de moradores da Capital e Grande São Paulo, e, por consequência, de toda a Região Metropolitana de São Paulo. O investimento previsto de R$ 170 milhões inclui a construção de uma estação elevatória de água, 6,5 km de adutora e estrutura para dissipação da água na várzea da represa Biritiba Mirim. A capacidade de captação máxima será de 2,5 mil litros por segundo (l/s) e a média mensal será de até 2 mil l/s, respeitando a outorga definida e a disponibilidade hídrica da bacia.