quarta 24 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Cidades

No 1º dia de proibição aos domingos, três supermercados são ‘fechados’ em Suzano

Dois dos supermercados fechados ficam em Palmeiras e o outro no Miguel Badra

01 abril 2020 - 11h27Por Daniel Marques - de Suzano
Três supermercados foram fechados no último domingo (29) por não cumprirem um decreto da Prefeitura de Suzano, que proíbe a abertura destes estabelecimentos e de hipermercados na cidade aos domingos, por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida passou a valer no último final de semana. 
 
Dois dos supermercados fechados ficam em Palmeiras e o outro no Miguel Badra. Eles estavam recebendo clientes quando foram flagrados pelas equipes do Setor de Fiscalização de Posturas da cidade, que circularam pelo município no domingo para constatar que o decreto seria cumprido. 
 
Os três foram orientados a fechar as portas, e todos obedeceram. Por ser o primeiro fim de semana do decreto, houve uma tolerância. A cidade conta com 15 estabelecimentos - entre supermercados e hipermercados - que terão de seguir a nova regra.
 
Opiniões divididas
 
Alguns gerentes e donos de supermercados até gostam da ideia de fechar. Eles alegam que não há problemas caso a decisão beneficie a população.
 
Outros, no entanto, olham o lado econômico. Entre as justificativas estão necessidade de realizar demissões, faturamento reduzido e dificuldades impostas aos clientes.
 
Jaldo Ferreira é gerente geral da unidade do Nagumo, na Vila Amorim. Ele não concorda com o fechamento de mercados aos domingos e acredita que manter o controle de pessoas e a limpeza do ambiente seja o suficiente para evitar a propagação do novo coronavírus nas unidades. 
 
"Eu não acho nada satisfatório, não pensando só na parte financeira, mas a gente já mantém um trabalho muito favorável a respeito dessa epidemia. Não concordo que deve parar totalmente. É só manter o controle que já está tendo, reduzir o horário de funcionamento e obedecer ao Ministério da Saúde. Mantivemos a distância, controlamos a quantidade de pessoas no mercado, orientamos as balconistas e realizamos a limpeza", justifica.
José Dantas Miranda é proprietário do Seane, que fica em Palmeiras. Ele classificou o decreto como "grotesco" e diz que "se for para fechar só aos domingos, é melhor fechar a semana toda". 
 
"Eles proibiram até mercadinhos. Acho que o prefeito está sendo mal orientado. É uma atitude grotesca. Domingo é o dia que o trabalhador tem mais tempo pra comprar suas coisas. Isso é balela, pode olhar na rua que está todo mundo andando, ninguém fica em casa", diz.
 
Ele também cita os prejuízos que está tendo com a decisão. "Vou ter que desempregar 32 funcionários. Costuma vir muita gente do ABC aqui, e não tenho mais esse pessoal. Os mercados em Poá, Itaquá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão todos abertos, só os nossos fechados. Acho absurda essa atitude do prefeito", completa Miranda.
 
Já Eliandro Elias, gerente do Semar que fica no Raffo, diz que cumpriu a determinação e a classificou como correta. "Entendo que, no cenário que vivemos hoje, falando como gerente foi bem assertivo sim. Não posso falar prejuízo porque não dá para mensurar o que deixamos de faturar no dia, mas muitos clientes anteciparam as compras para o sábado e outros adiaram para segunda, porém ninguém questionou a decisão. Acredito que eles apoiaram a ideia", opina.
 
"O que perdemos em um dia, compensaremos em outro. Na questão de horário foi até melhor, porque reduziu bastante o pessoal, que entrou de folga. Só espero que acabe logo (a pandemia). Se é para o bem da sociedade, o estabelecimento tem que parar", diz Nivaldo Sandrini, gerente do supermercado Primos, que fica no Jardim Colorado.

Deixe seu Comentário

Leia Também