O Sindicato dos Bancários, que atende Suzano e mais quatro cidades do Alto Tietê, está aguardando as negociações acerca da decisão do Banco do Brasil em encerrar as atividades de 112 agências em todo o País, sendo que 11 delas estão nas cidades de Suzano, Poá, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis, onde atua o sindicato.
O presidente da entidade, Clayton Teixeira, relata que as informações ainda não chegaram de forma oficial ao sindicato, e por isso, ainda é prematuro prever a dimensão da decisão.
“Estamos dependendo do plano que será passado do banco para o sindicato, ainda não temos nada definido. Ao que parece, em cada lugar será feito um estudo. Tem região onde trabalharão mais pessoas, outras que terão mais demissões”, explicou o presidente do sindicato.
Em nota, o Banco do Brasil informa que avaliou suas unidades de negócios em relação ao desempenho financeiro de cada ponto, o potencial de negócios, o volume de utilização do ponto pelos clientes, a proximidade com outros pontos do BB e as características dos imóveis. O resultado do estudo levou ao encerramento de pontos, mudanças de tipologia e relocalizações de agências. As mudanças envolvem adaptações na rede de atendimento em 361 municípios. Apesar disso, o BB manterá sua presença em todos eles, seja com outras unidades próprias já existentes, em 221 municípios, seja com correspondentes bancários.
De acordo com o representante do sindicato, a situação das demissões em massa é um dos fatores mais preocupantes, já que cerca de 5 mil funcionários poderão perder o emprego. “Eles estão negociando quais as melhores formas disso ser feito através da PDV, porque são muitas demissões envolvidas”, disse.
O BB anunciou a criação de dois Programas de Demissão Voluntária (PDV) em que serão abertas duas modalidades de desligamento voluntário aos funcionários: Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). A estimativa é de que cerca de 5 mil funcionários venham a aderir aos programas de demissão voluntária até 5 de fevereiro.
De acordo com Clayton, a expectativa é que a decisão cause menor impacto possível na vida dos bancários. “A nossa visão enquanto sindicato, é que abra mais concursos para a contratação de mais funcionários, até porque o número de funcionários atualmente já está bastante defasado”, lamenta.