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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Golpe

Postos relatam golpes de motoristas que abastecem e fogem sem pagar

DS ouviu denúncias de estabelecimentos da cidade. Golpe chegou aos postos de combustíveis de Suzano

03 julho 2022 - 05h00Por Donizetti Tobias Jr. - Da Reportagem Local
Os postos de gasolina de Suzano e região denunciam golpes de motoristas que abastecem o carro e fogem na hora de pagar pelo serviço. Os casos estão acontecendo nos últimos meses e a conta, na maioria das vezes, sobra para os funcionários.
 
A recomendação é de que seja feita a denúncia do crime a partir da identificação do veículo, mas, segundo os próprios estabelecimentos, tal orientação gera pouco efeito e sensação de impunidade.
O consenso nas respostas dos entrevistados é preocupante. Segundo eles, não há muito o que fazer para se prevenir do golpe, já que estão expostos às atitudes dos clientes.
 
Marcio Camargo, gerente do posto Shell localizado na Avenida Armando de Salles Oliveira, 2185, afirma que há 2 meses, em um intervalo de 1 mês, aconteceram dois casos de motoristas fugindo sem pagar.
 
No primeiro caso, ele diz que o cliente chegou cerca de 5h50 da manhã, abasteceu, foi ao banheiro, voltou para o carro e logo saiu em disparada sem antes acertar a conta, deixando para o posto o prejuízo de R$ 350. Pelo menos 15 dias depois, novamente. Um outro consumidor, assim que o frentista retirou a mangueira de abastecimento do veículo, foi embora deixando a dívida de 50 reais para o estabelecimento.
 
“Nesses casos assim, não dá nem para responsabilizar o funcionário. O cara vem praticar o furto e não estamos preparados para esse tipo de situação. Estamos aqui para atender o cliente, e não sabemos qual a intenção dele. A orientação que a gente dá é que o funcionário não reaja, não corra atrás do cliente, nunca se sabe quem está atrás do volante, se está armado”, diz Márcio, que completa dizendo a importância de reportar os crimes à polícia, visando marcar os infratores, e também citando a crise de altos preços e alto desemprego como fatores sociais.
 
Os golpes também chegaram até o estabelecimento de Wesley Mendes, gerente do Posto Vale+, situado na Rua Baruel. Ele conta ter arcado com um prejuízo de R$ 87 deixado por um ‘cliente’ há cerca de um mês. Na ocasião, o homem abasteceu o carro e foi embora sem pagar. O gerente lembra que o posto estava movimentado no momento do crime, às 17h30, que o motorista saiu “debochando com o braço pela janela” e que nem os gritos de quem estava no momento adiantaram de algo.
 
“Eles (golpistas) não tão nem aí enquanto não der em nada. E ainda acham que é o dono quem paga e não o trabalhador que está aqui”, diz Wesley, que completa: “Quando não conseguimos dar a queixa e identificar, sai o prejuízo do nosso bolso, de quem atendeu o cliente”, completa.
 
O frentista Emerson Brás, do posto Ipiranga localizado na Rua Baruel 261, relembra um caso que foi vítima recentemente, diz que outros colegas frentistas também sofreram do mesmo golpe e lamenta: “Não tem como se prevenir disso, marcamos a placa e mandamos para a polícia, mas nunca resolvem. Aí o prejuízo e a culpa vêm para nós, que temos que pagar, fazer acordo, fazer um vale. Até explicar para o posto o que aconteceu? Muito difícil”. Ele segue: “Você não consegue adivinhar a intenção do outro. Você vai e faz seu atendimento da melhor maneira, mas não sabe quem tá do outro lado”.
 
O DS ouviu também o Gabriel Marques, frentista do posto Suzanoll, que disse não sofrer deste crime há mais ou menos um ano.
 
O tipo do golpe pode ser identificado como delito de furto, qualificado como fraude, e a pena vai de dois a oito anos.

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