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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Cidades

Quadro histórico do Casarão da Memória passa por restauração

Espaço público recebeu uma equipe de restauradores para iniciar uma série de intervenções em um quadro que estava rasgado e com marcas de sujidade, devido ao tempo

16 agosto 2022 - 13h00Por Da Reportagem Local
O Casarão da Memória Antônio Marques Figueira, museu que conta a história de Suzano ligado à Secretaria Municipal de Cultura, está sendo palco de uma ação inédita de preservação do registro histórico e perpetuação do legado da cidade. O espaço público recebeu uma equipe de restauradores para iniciar uma série de intervenções em um quadro que estava rasgado e com marcas de sujidade, devido ao tempo. Todo o trabalho ocorre de forma voluntária pelos técnicos e a obra de arte deve voltar à apreciação até o fim deste mês. 
 
O quadro em questão foi pintado pelo empresário italiano Carlos Molteni, em 1949, ano que também marcou a emancipação política-administrativa de Suzano. A peça chegou aos cuidados da equipe do Casarão da Memória por meio de uma doação de Sônia Molteni, neta dele. 
 
Inspirado na via pública onde ficava a sua empresa, ele retratou a paisagem do caminho para o rio Tietê, onde hoje está localizada a avenida Vereador João Batista Fitipaldi, próximo a “subida" do bairro do Sesc, que hoje é a avenida Katsutoshi Naito. Com vasta área de plantações e atividade rural, o retrato também traz a reflexão do progresso da cidade, onde hoje é um bairro com grande população e movimentação econômica. 
 
Com pinceladas suaves na técnica de óleo sobre tela, o quadro de 73 anos sofreu avarias do tempo, apresentando algumas camadas de pó que alteram a cor original, além de um trecho rasgado em formato de “F” nas fibras da tela. 
Durante uma visita ao espaço cultural, a equipe da empresa suzanense “N3 Arte e Reparo” verificou essas alterações, dialogou com os servidores do Casarão da Memória e se voluntariou para fazer o trabalho de maneira gratuita, como forma de perpetuar a história da cidade. 
 
A restauradora Roseli Fernandes explicou que os processos cautelosos duram de 10 a 15 dias. “A primeira ação que fizemos foi preparar o quadro. Esse primeiro passo, que se chama faciamento, é feito com um papel japonês e cola animal, que é totalmente reversível, para depois podermos tratar o verso de forma segura, para fazer a sutura do rasgo e a limpeza do verso. Esse procedimento, além de proteger, hidrata e já consolida se algum pigmento estiver saindo”, explica a profissional.