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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Cidades

Quarentena vai prejudicar empresas de ônibus, diz especialista

Nobuo Aoki Xiol acredita que baixo número de passageiros fará com que essas empresas não consigam realizar manutenções e abastecer os veículos

04 abril 2020 - 12h16Por Daniel Marques - de Suzano
A quarentena, determinada pelo governador João Doria (PSDB) e que passou a vigorar dia 24, em todo o Estado, vai prejudicar as empresas de transporte coletivo, que não conseguirão se sustentar caso o período se alongue.
 
É o que diz o especialista em trânsito e mobilidade urbana, Nobuo Aoki Xiol. Para ele, o número baixo de passageiros usando os ônibus fará com que essas empresas não consigam realizar manutenções e abastecer os veículos. 
 
"O que preocupa mais quem é da área de transito, neste momento, é o transporte coletivo. As empresas têm um período de suporte. Passando isso, acabou. Não terão dinheiro pra realizar a manutenção, abastecer os ônibus e pagar funcionários porque não há número suficiente de passageiros para cobrir os custos", diz o especialista.
 
Este cenário pode gerar demissões no setor de transporte coletivo, uma vez que, sem terem de onde tirar, as empresas não terão como pagar seus colaboradores. Já nos trens, a quarentena poderá causar um impacto negativo nas finanças do Estado dado o número baixo de passageiros.
O trânsito, em uma visão geral, será bom para aqueles que precisam sair de carro. Segundo Xiol, a tendência é que, além do fluxo tranquilo de carros, o número de acidentes reduza, uma vez que a quantidade de pessoas nas ruas será menor. 
 
"Tem uma previsão de queda no número de acidentes. Mesmo com algumas imprudências que vão continuar acontecendo, ainda assim, quanto menor o numero de pessoas nas ruas, menor a chance de acidentes".
 
Oficinas mecânicas estão entre os locais considerados essenciais durante a quarentena. Por isso, esses profissionais desta área podem seguir trabalhando. Questionado sobre se os mecânicos terão prejuízos com o baixo número de veículos nas ruas, o especialista disse que todos os setores serão prejudicados. 
 
"Quem tem loja de roupas, não tem de onde tirar recurso. Tem muita gente que vai continuar trabalhando, como policiais e lixeiros, e pessoas de várias áreas, como limpeza e saúde. Todos serão prejudicados", afirma.