Segundo análise dos dados da Serasa, o número de empresas inadimplentes no Brasil chegou a 7,2 milhões, um recorde preocupante que representa 31,6% dos negócios ativos no país.
A situação, que se alastra sem grandes alardes, tem sido chamada por especialistas de “recessão silenciosa” e impacta os pequenos e médios empreendedores.
Para o mentor de empresários André Minucci, o momento exige lucidez estratégica, foco em gestão e, principalmente, mentoria empresarial qualificada.
“Não é uma crise no sentido clássico, mas uma desaceleração forte, sem grandes choques externos, que tem corroído a saúde financeira das empresas lentamente. Muitos empresários estão sentindo o impacto no fluxo de caixa, na queda do consumo e no aumento da burocracia de acesso a crédito. Mas não conseguem nomear o que está acontecendo”, afirma
Minucci observa que o ano de 2025 está exigindo das empresas uma inteligência organizacional que vá além da redução de custos. “A mentoria empresarial entra como ferramenta estratégica para reorganizar processos, rever posicionamentos e ajustar rotas com base em dados, não em intuição.
Hoje, uma empresa que sobrevive é aquela que entende de forma rápida a mudança do seu ambiente e responde com agilidade, e isso não se faz sozinho”, completa.
O que está acontecendo nos bastidores das PMEs?
Apesar de índices econômicos mais estáveis no cenário macro, com inflação sob controle e leve recuperação do PIB, o cotidiano das pequenas e médias empresas revela uma realidade de estagnação e medo.
Os dados da Serasa mostram que a inadimplência cresceu mesmo com o volume de renegociações em alta, o que indica não apenas dificuldade de pagamento, mas também queda na capacidade de geração de receita.
Na prática, o que os pequenos empresários enfrentam é um ciclo de retração silenciosa, como define Minucci. “O empresário não vê uma manchete dizendo que estamos em crise, mas ele vê a loja vazia, os boletos vencendo, os funcionários desmotivados e o marketing digital que já não entrega os mesmos resultados de antes. É uma crise emocional e operacional, e isso tem nome: recessão silenciosa”, reforça.
Programas de mentoria, treinamentos personalizados e consultorias especializadas têm ganhado espaço como alternativas práticas no enfrentamento dos desafios econômicos atuais.
Segundo o mentor de empresários André Minucci, a dificuldade de muitos empreendedores não está apenas na crise externa, mas na falta de preparo para lidar com ela.
“O empresário brasileiro, em especial o pequeno, foi ensinado a ser técnico, não gestor. Em um cenário como este, ele precisa de orientação contínua, de alguém que enxergue de fora o que ele, imerso na operação, já não consegue ver. E isso é o papel da mentoria empresarial bem feita”, afirma.
O alerta está dado. A chamada recessão silenciosa pode não ocupar as manchetes dos jornais, mas já é parte da realidade diária de quem está no setor produtivo. E sobreviver em 2025 exigirá mais do que apenas força de vontade: será preciso planejamento, atualização constante e apoio de quem entende os caminhos do mercado.