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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Cidades

Sem data de entrega, 600 famílias veem residencial deteriorar sem conservação

Empreendimento foi sorteado em 2017. Famílias continuam sem saber quando os apartamentos serão entregues

25 setembro 2021 - 23h10Por Thiago Caetano - de Suzano
A novela para a entrega dos apartamentos do Residencial Suzano II, no Jardim Europa, parece estar longe do fim. Sem respostas, 600 famílias ainda aguardam a entrega do residencial, sorteado em 2017. O sonho da casa própria se tornou um pesadelo para as famílias, que continuam sem saber quando os apartamentos serão entregues. A Prefeitura de Suzano chegou a realizar uma reunião com os beneficiários. O intuito foi esclarecer sobre a real situação do empreendimento. De acordo com o Executivo, o contato é frequente e inclui mensagens por aplicativo de mensagem. Por lá, os beneficiários recebem informações, “especialmente quanto à documentação”.
 
De acordo com a Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação de Suzano, as obras não terminaram. A construtora responsável não deu continuidade ao serviço, mesmo faltando pouco para o término do mesmo. Ainda segundo a secretaria, o conjunto está há três anos sem passar por reparos ou serviços visando sua conservação.
 
Por conta disso, o agente financiador (Banco do Brasil) foi orientado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional para contratar outra construtora. O objetivo é terminar a obra, bem como legalizá-la. O procedimento está em andamento e a administração municipal acompanha os desdobramentos do assunto. O órgão garantiu ainda prestar apoio às famílias beneficiadas, “quanto a esclarecimentos relacionados à apresentação de alternativas para finalização das obras”.
 
O residencial foi contratado pela QualyFast Construtora em 2014, no valor de R$ 44,7 milhões. O DS visitou o local nesta terça-feira (21), na Estrada Takashi Kobata, em Suzano. Os portões estão fechados e os prédios seguem vazios. Seguranças cuidam do espaço.
 
Respostas
 
A família do porteiro Gilmar Gonçalves foi uma das contempladas. Ele cobra uma solução rápida e que diversos prazos foram prometidos. No entanto, nunca foram cumpridos. Segundo ele, as respostas são sempre as mesmas. Para ele, o Banco do Brasil virou as costas para os sorteados. “Tudo o que queremos é uma resposta. Nós sentimos que o Banco do Brasil virou as costas para nós e a Prefeitura também. Sofremos bastante com isso e nenhuma das partes se importa. Moradia é um direito de todos”, disse o porteiro.
 
Ainda segundo Gonçalves, os próprios sorteados chegaram a sugerir três construtoras para o órgão financiador. Nada adiantou. “O banco pecou na questão de informação. Muita promessa e datas não cumpridas. Nós ficamos de mãos atadas”.
 
Com o espaço vazio, Gonçalves se preocupa com possíveis invasões no local. O condomínio sofreu com roubos de fios. O episódio dificultou ainda mais a situação. Além disso, existe também a preocupação de um outro grupo ocupar o empreendimento. “As pessoas que foram sorteadas ficaram preocupadas que um outro grupo invadisse. Tudo isso vem acontecendo por conta dessa demora”, relata.
 
Banco do Brasil
 
O posicionamento do Banco do Brasil continua o mesmo. O agente financeiro segue aguardando a conclusão de procedimentos legais para substituir a construtora, pronta para finalizar a entrega dos apartamentos.
 
O DS também procurou o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). O órgão não respondeu até o fechamento desta reportagem. 

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