quinta 18 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 18/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Cidades

Sindicato Rural não recomenda a aquisição de armas aos produtores

Segundo presidente da associação, Ricardo Sato, produtores não tem preparo para manejar o objeto

17 janeiro 2019 - 00h04Por Aline Moreira - de Suzano
O presidente do Sindicato Rural de Suzano, Ricardo Sato, fez uma recomendação aos produtores rurais da cidade para que não adquiram armas de fogo. O motivo seria pela falta de preparo dos agricultores com o objeto. 
 
Mesmo com a recomendação aos agricultores, Sato se mostra favorável ao decreto que flexibiliza a posse de arma de fogo, que foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na manhã de terça-feira (15). 
 
"Mesmo com a facilidade que o decreto pode apresentar para a compra, eu peço para que os agricultores não adquiram a arma já que não possuem preparo para manejar a mesma", explica. 
 
"Entendo que, com a falta de policiamento nos locais, a arma pode ser a única fonte de proteção. Mas o sindicato não recomenda a aquisição". 
 
Atualmente, 560 produtores trabalham e residem na área rural de Suzano.
 
Com o decreto, a posse de arma fica facilitada para quem reside em área rural; agentes públicos ligados à área da segurança; residentes das áreas urbanas nos estados com mais de dez homicídios por 100 mil habitantes; proprietários de estabelecimentos comerciais e colecionadores, atiradores e caçadores. 
 
Agricultores são favoráveis à posse de arma na zona rural 
 
Os moradores da área rural de Suzano se manifestaram a favor da flexibilização da posse de arma de fogo. Por conta de a região ser afastada dos grandes centros, agricultores e moradores acreditam que a posse de arma pode ser "algo a mais" na segurança do dia a dia. 
 
Mesmo assim, muitos ficam divididos quanto ao uso da mesma. "Ter arma é uma coisa, saber manejar é outra", conta o agricultor Jorge Higashi, de 40 anos. Higashi é a favor do decreto que facilita a posse, principalmente para a área rural. "O policiamento rural é escasso por aqui, quase não vejo viaturas rondando o local. Então a arma seria uma forma de defesa do agricultor, porque a maioria dos assaltos que acontecem são a mão armada", explica. 
 
A única ressalva de Higashi é a respeito do manuseio da arma. Para ele, os testes de aquisição devem ser bem criteriosos. "Não é todo mundo que pode ter arma, mesmo a posse. Tem muitas pessoas que são mal intencionadas e ter uma arma requer muita consciência do usuário". 
 
Já a agricultora Cecília Hamaguchi, de 68 anos, fica dividida a respeito do assunto. Ela, que possui uma arma de fogo em casa, diz que o objeto não é garantia de segurança. "Eu tenho e sou a favor dos agricultores também terem a sua, mas arma não protege ninguém porque os bandidos sempre vão ter vantagem sobre a gente, eles vem em bandos e nós somos poucos", diz. 
 
Cecília conta que onde mora, os vizinhos contrataram um segurança particular para fazer rondas pelo local nos dias de entregas dos produtos, sextas e sábados. 

Deixe seu Comentário

Leia Também