Um estudo divulgado ontem pela Organização Não-Governamental (ONG) SOS Mata Atlântica reforçou a qualidade ruim da água do Rio Tietê e seus afluentes. De 19 pontos medidos, nas cidades da região, neste ano, somente em dois a qualidade da água foi considerada boa. São seis pontos com qualidade regular; dez, com ruim, e uma com qualidade péssima. Além disso, em uma comparação com o ano passado, a pesquisa mostrou que três pontos tiveram queda na qualidade da água, três melhoraram e o restante se manteve estável. Entre os pontos em que a qualidade da água piorou estão: o trecho do Rio Tietê, em Itaquaquecetuba; o Ribeirão Ipiranga, em Mogi; e o Rio Guaió, em Suzano. Já, as medições que apresentaram melhora estão o Córrego Caputera, em Arujá; e, Rio Tietê, em Suzano e no trecho de Itaquá, no Parque Ecológico (veja tabela completa ao lado). “O enorme excedente de esgoto sem tratamento dos municípios de Mogi das Cruzes, Suzano, Guarulhos e demais cidades do Alto e Médio Tietê, resultaram em impactos diretos na qualidade da água medida em 16 pontos de coleta no Rio Tietê e em outros 53 pontos distribuídos nas bacias hidrográficas e que registraram médias de qualidade da água ruim e péssima”, explicou o estudo. Além disso, a pesquisa apontou os impactos decorrentes de concentração de poluentes no rio foram percebidos de maneira mais intensa no trecho do quilômetro 157,1 do Tietê, entre os municípios de Suzano e Mogi.