Em quatro anos, 151 casos de feminicídios (assassinato de mulheres) foram registrados no Alto Tietê. O levantamento foi divulgado ontem por meio do Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil e considera o período entre 2009 e 2013. O estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) do Brasil. Do total de casos, 33 foram computadas apenas no ano de 2013. Entre as cidades da região, Itaquaquecetuba lidera o ranking, ocupando a 512ª colocação no País. Suzano está no 739º lugar entre os municípios que mais matam mulheres, com 29 registros de homicídios a mulheres. Em primeiro lugar no ranking regional, Itaquá computou 46 feminicídios em quatro anos. Somente no ano de 2013 foram 13 assassinatos, mesmo número do registrado em 2010. Arujá está na segunda colocação no ranking regional, com uma taxa média de casos de 5,2. Salesópolis e Guararema ocupam a terceira e a quarta colocação (veja quadro ao lado). O ranking foi elaborado levando em consideração o número de habitantes de cada cidade e o número de mortes. Foram considerados somente cidades com mais de 10 mil habitantes. Com relação ao número de casos, Mogi das Cruzes tem o segundo maior registro da região, com 30 ocorrências entre 2009 e 2013. Somente neste último ano, Mogi registrou cinco homicídios e teve seu maior índice no ano de 2010, com oito assassinatos registrados. No ranking, Mogi ficou na 1.073ª posição. Na região, as cidades com menores índices são: Biritiba Mirim, que ficou na 1.429ª posição, com apenas um assassinado; e, Salesópolis, na 579ª posição, com dois casos, um em 2011 e outro em 2012. NACIONAL O país tem taxa de 4,8 homicídios para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde que avaliaram um grupo de 83 países, informou a Flacso. O estudo divulgou, ainda, que em 2013, 13 mulheres foram mortas por dia no país, em média, um total de 4.762 homicídios. MAPA DA VIOLÊNCIA O Mapa da Violência é um trabalho desenvolvido pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz que, desde 1998, já divulgou 27 estudos. Todos eles, segundo a Flacso, trabalharam a distribuição por sexo das violências, sejam suicídios, homicídios ou acidentes de transporte, mas em 2012, dada a relevância do tema e as diversas solicitações nesse sentido, foi elaborado o primeiro mapa especificamente focado nas questões de gênero.