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Jornal Diário de Suzano - 19/03/2025
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Cidades

Suzano fiscaliza lojas especializadas na venda de narguilé

13 setembro 2015 - 08h01

Para coibir a venda e o consumo ilegal do uso do narguilé, a Prefeitura de Suzano realiza um trabalho de fiscalização nos estabelecimentos especializados no comércio do produto. A ação vai de encontro com a campanha lançada pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) "Parece Inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar 100 cigarros". A ação será desenvolvida em todo País até o final deste mês. De acordo com a administração, é exigido dos locais que comercializam produtos relacionados ao narguilé, independente da atividade, isto é, ser especializado ou não, que coloque visivelmente a placa da Lei Antifumo. Isso porque a ação é realizada independente do tipo de fumo comercializado nos estabelecimentos suzanenses. Em relação às lojas do ramo, a Prefeitura explica que para fazer o consumo não é permitido que o local faça juntamente o comércio de alimento. "É preciso ter um lugar restrito e separado, além disso, o ambiente precisa dispersar a fumaça", pontua. Vale destacar que a entrada de menores não é permitida nestes estabelecimentos. Hoje a Prefeitura analisa um caso de multa que se encontra em recurso. AÇÃO A campanha do Ministério em conjunto com o Inca foi motivada porque a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontou que mais de 212 mil brasileiros admitem usar o narguilé. Segundo o Ministério, embora pareça inofensivo, uma sessão de narguilé, com duração média de 20 a 80 minutos, corresponde a fumaça de 100 cigarros. O consumo do narguilé tem aumentado no País, principalmente entre os jovens. Segundo dados da PNS e da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), entre os jovens homens fumantes - entre 18 e 24 anos -, o percentual de usuários do produto mais que dobrou nos últimos cinco anos, passou de 2,3% em 2008 para 5,5% em 2013. De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, com a campanha, a pasta espera desmistificar a ideia de que o narguilé é inofensivo. "O uso do tabaco continua sendo responsável por 90% dos casos de câncer no País". Por utilizar um filtro de água antes de a fumaça ser aspirada pelo fumante, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. No entanto, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram justamente o contrário. O coordenador de ensino do INCA, Luiz Felipe Ribeiro Neto, explica que a água não ameniza os efeitos do tabaco. "A ideia de que a água filtra a fumaça produzida é equivocada. O narguilé possui os mesmos componentes nocivos do cigarro, seja da nicotina ou cancerígenos. Há concentrações diferentes no mesmo produto. É importante entender que no narguilé ou no cigarro, os níveis dos compostos não são seguros de nenhuma forma", ressalta.

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