A greve dos bancos atingiu ontem 42,11% das agências da região. Das 76 unidades, 32 paralisaram o atendimento. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos bancários de Mogi das Cruzes e região. Em Suzano, somente os bancos públicos - como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) - estavam de portas fechadas e com cartazes avisando sobre a greve. As demais agências bancárias prestavam o serviço normalmente e só possuem previsão de aderirem à greve no final da semana. Os moradores afirmaram que se preocupam com a greve. O presidente do sindicato, Francisco Candido, comentou a situação. "Por uma questão de estratégica iniciamos as ações em Mogi, porém, estamos trabalhando ainda para ampliar, chegando a Suzano até o fim desta semana", contou ressaltando que logo a greve será aderida em todas as cidades. O sindicato informou que ainda não houve sinalização da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por isso, a greve não tem previsão para encerrar e que idosos e pessoas com mais necessidades de atenção estão sendo atendidas nas agências em greve. "Foi uma decisão nossa para não prejudicar estas pessoas", explicou Candido. Entre as reivindicações dos bancários estão: reajuste salarial de 16%, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e aumento do piso de vale alimentação e transporte. A Fenaban não deu um novo posicionamento ao DS. MORADORES O mecânico Celso Aparecido Alves Santos, de 52 anos, contou que todo quinto dia útil do mês precisa ir ao banco pagar suas contas de casa, como água e energia, além de receber e sacar o salário. "A alternativa é pagar juros. É sempre assim, só os de baixo saem prejudicados", contou o morador revoltado. "Estou aqui hoje para usar o caixa eletrônico, mas sei que amanhã (hoje) preciso do banco e não sei se ele vai me atender". Informado sobre a greve, o aposentado Antônio Reges Mangabeira, de 67 anos, correu até sua agência. "Eu não sabia se eles estariam funcionando, mas resolvi passar para ver. Infelizmente, a lotérica nem sempre é uma opção, já que não realiza pagamentos de valores altos", contou o morador que encontrou sua agência funcionando. Um caminho alternativo foi o tomado pela moradora Léia dos Santos Teixeira, de 50 anos, que está resolvendo suas pendências pelo Correios. "Eu pago minhas contas pelo Correios, é a forma que dá para não esperar o banco. Contudo, sempre atrapalha a gente", contou.