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Colunista

Poesia Minha?

17 junho 2017 - 08h00

Passando pelo Mestre Mario Quintana, “acho” que nunca fui aquele “menino de aquário” em que ele se viu em “Confessional”. Acho que sempre quis viver. Mas como afirmar, lembro que quando bem pequeno era muito tímido. Só mudei com o rock, na adolescência. Mudanças pelos caminhos. Você já parou para se dar conta de quanto mudou de pequeno a adulto? Quintana é paisagem antiga, muito admirada, do final da minha adolescência, ainda em Porto Alegre. Ele falava e a gente pasmava. E, de repente, o Mestre ressurge tão presente em mim hoje. Talvez com mais tempo sobre minhas costas, mais umas tantas leituras do que vejo no viver, retomei aqueles encontros, de aprendizado, em alguns de seus textos. Exatamente, aqueles seus textos, que podiam ser em prosa e continuar sendo poesia. Ah, como é tanto seu o fazer metafórico! Levei tempo para entender que o livro é escrito pelo Autor. Mas quem vai colocar etiquetas, se é isso ou é aquilo é o consumidor ou o professor ou o crítico ou, enfim, o leitor? A gente escreve. Será que a gente é que precisa separar prosa de poesia? Pois, estava agora aqui pensando em outras palavras do meu amigo, de algumas décadas, o Escritor Paulo Maurício Barros. Temos de nos encontrarmos, companheiro! Temos de filosofar, de poetar... É mesmo verdade, repito, isso de viver é mesmo achar Vida. Então, tomei esse como o tema de meu próximo livro a ser lançado: “PAISAGENS – Passeios pela Vida”, já prontinho, parceiro. Verdade, só com poemas escritos especialmente para a sua construção. Estou contente com essas rememórias. Caramba, existe essa palavra? Existe, eu inventei! Explico minha alegria, como uma satisfação. Mexendo nas minhas prateleiras para me desfazer de uns tantos exemplares de livros que fui juntando ao longo do tempo, encontrei um caderno, onde escrevi poemas e crônicas e outros textos, a partir de 1967. Isso mesmo, coisa de mais de 50 anos. Estávamos desencontrados há já alguns anos. Fui lançando minha juventude pelas páginas daquele caderno. Uns poucos textos eram mesmo de antes dessa data. Tudo manuscrito. Foi dali que selecionei os poemas para compor os três livros que juntei ao publicar como antologia dos meus 30 Anos de Poesia: “Páginas e Paisagens” (de 1997). Aí me chegam aquelas provocações Quintanianas: Poesia e Emoção estão juntas necessariamente? Poesia é mesmo Silêncio? Só entendido pelo Leitor como um receptor solitário? Então, é isso mesmo? Quem define o Escritor, quem define o Poeta é o Leitor? Assim, como ele, esse velho Quintana, ainda nos dizia, lá atrás, se a Poesia é mesmo necessária, todos deveriam escrever os seus próprios versos. E aprendendo, aprendendo, aprendendo... Desse jeito, todo leitor é um poeta inédito? E um poema é um poema, como é uma rosa, é uma rosa, é uma rosa...

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