Ainda estamos tentando entender o que está acontecendo com os preços dos alimentos em nossos mercados...
Esse foi de certo um setor que não sofre com a pandemia ou com a quarentena que nos foi imposta como medida de segurança para evitar a disseminação do vírus que atingiu nosso planeta de maneira irracional e até mortal.
O governo, preocupado com o desemprego e a possível falta de dinheiro, abriu os cofres públicos e liberou valores que foram repassados (mesmo que sem uma séria fiscalização) às pessoas mais carentes e vulneráveis, para que não sofressem sem condições de adquirir alimentos e manter suas contas em dia.
O movimento nos supermercados nunca foi tão intenso, sem alternativas de lazer, muitas famílias se dirigiam aos muitos supermercados em busca de novidades, de alimentos e de material de limpeza para manter a casa e as pessoas livres da infecção letal.
O que se via com frequência eram os carrinhos abarrotados de alimentos básicos como arroz, feijão, farinhas, macarrão, caixas de leite, óleo e todo tipo de bolachas, além de material de limpeza e álcool em gel, para desinfecção de todos esses produtos, assim que dessem entrada nas casas.
Algumas pessoas ficaram obsessivas com a limpeza e adquiriam muitos litros de álcool líquido ou em gel, acreditando que assim permaneceriam incólumes ao Novo Corona Vírus.
Foi elogiado o trabalho dos motoristas de caminhões, dos produtores rurais, pois, estes não abandonaram seus ofícios, não se afastaram de seus trabalhos e dedicados continuaram produzindo e transportando os alimentos, mantendo os estoques sempre aquecidos, de maneira que nada faltasse a população que agora vivia isolada no interior de suas casas, reunidas com suas famílias e consumindo mais refeições diárias, enquanto trabalhavam em home Office ou simplesmente se mantinham ali enclausuradas, conforme as determinações dos órgãos de saúde.
O que vemos agora é o aumento agressivo do preço desses alimentos, apesar da inflação contabilizada, ser muito inferior ao que percebemos nas prateleiras... O arroz dobrou de preço, o feijão, que agora não falta nas prateleiras também atingiu valor alto e tudo o mais alcançou um padrão que excede as possibilidades financeiras da população de se alimentar corretamente.
O que vemos é volta da pesquisa, para tentar adquirir uma quantidade suficiente de alimentos com preço mais acessível, mas, que não será mais na quantidade que se adquiria anteriormente.
Os mercados alegam que a procura alta, fez os estoques zerarem e as entregas desregularem, tornando dessa maneira a necessidade de se aumentar o preço, pois, o frete e o combustível também sofreram aumento...
Agora com a redução do valor que o governo continuará contribuindo, certamente as mesas deixarão de ser fartas e as dificuldades financeiras serão aceleradas nessas famílias mais carentes.
Aqueles que mantiveram seus empregos e suas vidas, despreocupados, estão agora a usufruir além das compras normalmente, apesar desse agressivo aumento inflacionário, das viagens de final de semana, que congestionam as estradas rumo ao interior ou ao litoral, como se todos estivéssemos livres do vírus fatal, aproveitando vida e o tempo, sem se preocupar com a possibilidade de ser atingido pela COVID 19.