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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Amizades eternas

26 janeiro 2021 - 05h00
Tempos diferentes esses que vivenciamos... Convivemos mais proximamente com a família, mas nos ausentamos dos familiares e amigos...
Muitos de nós envolvidos com a rotina diária de trabalho onde somos bastante exigidos por patrões, superiores, colegas, clientes e até por nós mesmos, deixávamos a desejar em nossas funções como responsáveis pela família.
A manutenção do lar sempre é nossa preocupação básica, que não falte o alimento, o conforto necessário de água, luz e o melhor dentro da possibilidade de cada um no que tange a escola de nossos filhos era proporcionado com nossa dedicação ao trabalho.
É lógico que sempre arrumávamos um tempo para sair com os colegas de trabalho ou ter uma conversa amigável com aquele amigo mais próximo, que sabe de nossas dificuldades, que nos ouve com atenção, sem a crítica tão normal no ambiente familiar.
Aí, no tempo de uma gestação completa, tivemos que aprender, tal qual criança dando os primeiros passos a conviver com companheiros e companheiras, com filhos, cachorros, gatos e toda a diversidade de responsabilidades que envolvem um lar e, da qual muitos de nós acabava delegando para secretárias, que cuidavam de alimentar nossos filhos, leva-los à escola, além de manter tudo limpo e até preparar o alimento que íamos consumir à noite.
Ao chegarmos em casa a troca de carinho era normal e até mesmo corriqueira, por vezes aproveitávamos para dar uma volta com os filhos e animais de estimação, enquanto a mesa era posta para o jantar, ali, se não tivéssemos levado o celular iríamos conversar e saber um pouco do dia de nossas companhias.
Nesses novos tempos, tudo foi mudado, muitos dispensaram as secretárias do lar e assumiram a responsabilidade de cuidar dos afazeres domésticos, normalmente dividindo as tarefas entre a família, agora reunida em tempo integral... Muitas discussões e desentendimentos ocorrem nos primeiros meses, até que todos se entendessem e tudo fluísse normalmente.
Os colegas estavam à postos para que o home office pudesse ser eficiente e todos usufruíssem desse trabalho a partir do lar.
Ficamos sem os encontros do final do dia, onde relaxávamos dos problemas do trabalho e ríamos das dificuldades encontradas...
Os amigos, aqueles com ouvidos sempre preparados para nos dar um abraço carinhoso e nos ouvir sem críticas, esses acabaram afastados, envolvidos também na faina diária criada pela pandemia e, só podiam nos ouvir nas conversas telefônicas ou nas redes sociais privadas, se faziam presentes nos dando a atenção que carecíamos, mesmo que também estivessem atarefados em suas rotinas domésticas.
E assim sem essa convivência mais frequente, sem sentir o calor do abraço receptivo e caloroso, alguns desses amigos foram mudando de plano astral e seguiram sua derradeira viagem, nem sempre por conta do Corona Vírus, uns pela idade, outros por acidentes domésticos e até mesmo pela COVID-19, partiram sem que conseguirmos nos despedir, em sepultamentos rápidos e sofridos que amargura o coração de todos, deixando um vazio insuperável, que por vezes toma conta de nosso ser e nem a proximidade da família que nos é querida consegue suplantar...