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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Coluna

As máscaras

15 março 2022 - 05h00

Como é bom depois de tanto tempo olhar para as pessoas nas ruas, enquanto caminhamos e poder ver o sorriso, aquele que estava escondido atrás de uma pequena tira de pano.
Ficou mais fácil para caminhar, afinal a respiração não está mais ofegante, pelo sacrifício de puxarmos o ar para os pulmões através do filtro grosso do tecido.
Ao mesmo tempo sentimos ainda uma enorme insegurança de andarmos como se estivéssemos livres do vírus que abalou nossa existência, que nos causou medo, dor e perdas e nos fez ver o mundo por outro ângulo.
Desejamos muito voltar à normalidade de termos nossos rostos descobertos, principalmente nesses dias extremamente quentes que estamos enfrentando, onde o verão se mostra com temperaturas exorbitantes e que temos que trocar várias vezes de máscaras por conta do suor que as umedece e as torna ineficazes.
Muitos de nós têm coleções delas em casa e carrega consiga uma porção nas bolsas e nos bolsos, pois, durante muito tempo dependemos quase que exclusivamente dela e dos frasquinhos do álcool em gel para nos defender do invisível Corona.
Sim coleções de todos os formatos e cores, os homens também acabaram se deixando vencer pelo modismo e carregavam o escudo do seu time no lugar do sorriso.
Graças às vacinas chegamos nesse estágio, a liberdade de andar pelas ruas mostrando nosso rosto por completo, sentir a brisa, sorrir para os conhecidos que encontramos em nosso caminho, tudo isso nos dá uma imensa sensação de segurança e liberdade.
Entretanto, temos ciência que o tal do Corona anda por aí ainda, tentando passar despercebido, buscando os mais incautos que confiantes na sorte e nos dizeres mentirosos que muitos espalham deixaram de tomar qualquer dose da vacina salvadora e aqueles mais frágeis por conta da saúde debilitada ou pela idade podem ser facilmente levados para os hospitais e até mesmo perderem suas vidas.
Sim a COVID ainda está entre nós e ceifa vidas, apesar de em menor número, não como em seus áureos tempos a dois anos atrás, onde indefesos éramos suas vítimas não importando a idade, a posição social e muitas vezes até mesmo todos os cuidados que tínhamos uma pequena brecha e ela se instalava em nosso organismo e a luta era cruel, hospitais lotados, UTI sobrecarregadas, mortes inúmeras e sepultamentos sem um mínimo de dignidade, tudo isso já fez e infelizmente continua fazendo parte de nosso cotidiano, só em menor intensidade.
As vacinas descobertas rapidamente graças à globalização nos tornaram mais imunes ao vírus, mas ainda não nos deixou livres totalmente dele, enquanto busca suas novas vítimas ele vai se fortalecendo, buscando novas maneiras de se apresentar, mudando suas características originais e quando consegue se instalar nalgum incauto ele faz de tudo para ficar bem instalado e ir desorganizando nosso corpo que se fragiliza e luta ferozmente para se manter firme e vivo.
Temos que entender que a liberdade é sim muito importante e nos torna mais feliz, mas temos que ter a consciência também que muitos não fizeram uso da vacina que nos fortalece e que certamente não se preocuparão em usar máscaras para se proteger e também proteger os demais, então temos que continuar nos cuidando e usando máscaras sempre que percebermos aglomerações nas ruas e não deixarmos de nos cuidar fazendo uso dela sempre em ambientes fechados, pois, o vírus sempre sabe onde nos encontrar.