Fim de semana por conta de mais uma morte por afogamento na lagoa Azul, iniciamos uma conversa a respeito do certo e do errado...
As opiniões se dividiram, pois, para um de nós a responsabilidade cabe ao poder público que administra o imóvel conter e impedir à entrada de pessoas, evitando assim o acesso a tão fatídica lagoa onde muitas vidas se perderam...
Alguns de nós concordou em parte, que talvez a vigilância devesse ser mais ativa, mais presente, com instalação de guarita e um funcionário responsável por impedir a entrada de pessoas ao local, mas por outro lado, entendemos também o risco que esse funcionário solitário iria correr, afinal sabemos que muitos frequentadores fazem uso de drogas e por esse motivo não respeitam regras e nem mesmo pessoas, quando querem atingir seus objetivos.
O local está sinalizado com informações sobre a proibição de entrada e para que não nadem no local, pois, a lagoa não é natural, é resultado da escavação contínua, que perdurou por anos.
Existem estudos antigos para que essa lagoa seja drenada e possa ser reduzida sua profundidade, permitindo que se torne um espelho d'água em meio ao parque, visto que a unidade educacional proprietária do terreno o devolveu para a prefeitura municipal, entretanto, até agora não sabemos o andamento desses estudos e sua possível liberação pela CETESB.
Toda a população da cidade tem conhecimento do perigo que envolve os mergulhos nessa lagoa e em tantas outras existentes na cidade, quantas vidas foram ceifadas ali por afogamento, mesmo daqueles que se consideravam bons nadadores, mas nada impede que as pessoas adentrem ao local nos dias de calor e ali mergulhem como se fosse um local seguro.
Nossa discussão caseira girou entre a responsabilidade do poder público em impedir o acesso e o respeito que as pessoas e todos os cidadãos deveriam ter ao visualizar as placas informativas da proibição e do perigo que é mergulhar naquelas águas.
Nem mesmo o muro ali construído tempos atrás foi respeitado e já tem partes destruídas, que facilitam o acesso por vários lados.
Muitos ali vão para namorar, conversar e até mesmo fazer uso de drogas como sabemos e até podemos ver quando por ali passamos.
Infelizmente não somos um povo afeito a cumprir normas, respeitar leis... Nos consideramos melhores e superiores e simples sinalizações não impedem que sejam cometidas infrações das mais diversas.
Chegamos à conclusão obvia que essa educação vem de berço, do respeito que os pais ensinam aos filhos dentro de casa, desde os primeiros passos, das primeiras palavras. É ali que devemos incutir na personalidade das crianças que respeitar limites impostos só traz benefícios, afinal, não vamos impedir nossos filhos de serem felizes, mas os queremos seguros e tranquilos, para de fato viverem felizes.
Essa educação, entretanto, é falha, e vem de longa data essa permissibilidade e essa visão errônea de que o desrespeito não implica de maneira nenhuma em punição e por esse motivo acabamos tendo que conviver com a maior das punições, aquela que atinge o amago das famílias que perdem filhos e esposos, no caso específico, por afogamento numa lagoa conhecidamente perigosa.
Ah! Se todos fizéssemos o que é certo, muitas mortes ali seriam evitadas... O respeito à sinalização seria suficiente...