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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Quarentena e seus horizontes

13 abril 2020 - 23h59
A quarentena reduziu imensamente nosso horizonte e ficamos bem mais restritos, até mesmo para escrever e descrever fatos do cotidiano.
A melhor maneira de passar o tempo, agora que já cansamos de colocar ordem em tudo, mudar móveis, organizar gavetas, fazer comidinhas diferentes e especiais, é encararmos os livros sejam eles de romance, de poesia, de história e nele fazermos nossas viagens, ali podemos nos envolver na ideia do autor e seguir com ele os caminhos que traçou com a caneta e a imaginação e usufruir da descrição que faz dos lugares, das coisas e das pessoas...
Imaginamos a roupa, o sorriso maroto ali citado e vamos ocupando nosso tempo de maneira prazerosa e tranquila.
Eu pessoalmente gosto de folhear livros, revistas e jornais e absorver o seu conteúdo, sentindo o cheiro da tinta, do papel, enlevo difícil de explicar, mas bastante comum entre aqueles que gostam de ler e até mesmo de escrever.
Até enciclopédias ganharam lugar para leitura, em tempos de Wikipédia, da pesquisa relâmpago, que é maravilhosa, ler os assuntos por ordem alfabética dá uma nostalgia e um retorno aos tempos de estudante, onde muitas vezes passávamos à noite toda esticando pela madrugada para dar conta de trabalhos escolares.
Leitora à moda antiga, assino revistas e aguardo ansiosa o final de semana quando chegam cheias de notícias, de fotos e fatos, de escritos de autores conhecidos, de jornalistas famosos e enquanto não usufruo a leitura da primeira à última página não me sinto satisfeita.
Viajo nas poesias, mesmo aquelas já conhecidas, lidas e relidas nos tempos dos bancos escolares, com o passar do tempo vão ganhando sabor especial, pois, vamos entendendo o sentido verdadeiro do escrito, aquele que quando criança não percebíamos.
Após ler as notícias do jornal, se inteirar do que acontece em nossa região, é ótimo espairecer fazendo palavras cruzadas, exercitando a mente e a língua pátria.
Ouvir música de todos os tempos, seja no computador, no celular e até mesmo na vitrola vendo o disco de vinil girar em doce balanço enquanto espalha notas musicais pelo ar, faz o tempo passar sem que se perceba.
Em tempos de isolamento aproveito para conversar, trocar ideias, fazer planos, afinal essa situação não será perene, cientistas do mundo estão em busca da vacina que nos livrará desse vírus malicioso, que vem se espalhando como praga, louco para se alojar e causar destruição, então enquanto aguardamos essa descoberta tão ansiada por todos, vamos planejando o futuro, até mesmo traçando roteiros para viagens, buscando informações sobre locais desconhecidos dentro desse nosso imenso país e nos imaginando percorrendo e conhecendo cada cantinho...
Esse aprisionamento em nossos lares, nos fez entender e valorizar a liberdade, a verdadeira essência do ir e vir, de nos movimentar quando queremos e para onde queremos... Tudo ganhou sabor especial, falar com a família em ligações de vídeo, mas que em breve serão satisfeitos, como nos tempos de nossa infância, conversar com os amigos, perguntar como estão e dar tempo para que respondam com calma, prestando atenção, pois, nenhum compromisso irá ocupar nosso tempo agora...