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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Coluna

Que chuva

05 outubro 2021 - 05h00

Estamos reclamando a falta de chuva, em muitos lugares a dificuldade para respirar já é realidade do dia a dia, no interior nuvens quilométricas de poeira que invade as cidades e causam transtornos para os moradores por causa da sujeira e dos perigos de acidentes.
Agora já na primavera aguardamos as chuvas que irão umedecer o solo, aumentar o volume de água dos rios e lagos, afinal estamos carentes desse líquido precioso que já nos onera na conta de energia elétrica e nos faz conter os gastos com a água que está muito abaixo do nível nos reservatórios...
Dessa maneira melhor economizar do que ver faltar água em nossas torneiras para as mais básicas necessidades.
Aqui reclamamos e vemos os esclarecimentos das mudanças no clima por conta das queimadas que acontecem com frequência e do desmatamento regular e contínuo que ocorre na Amazônia, sofremos os reveses causados por nós mesmos, afinal tudo isso acontece por conta da intervenção humana na natureza.
De repente o céu, após um dia lindo e quente, de céu azul e poucas nuvens se transforma...
Nuvens escuras surgem rapidamente e o dia escurece, o Sol que nos alimentava com luz e calor fica escondido, no lugar do calor um mormaço que incomoda muito.
Ventos fortes balançam as copas das árvores carregando para longe inicialmente as folhas e logo em seguida os galhos menores.
Nessa sequência chega a chuva, que inicia com pingos enormes que caem sobre nós pesadamente, gotas enormes e geladas, que logo aumentam de volume e se tornam pesadas, acompanhadas do vento forte, vai causando estragos por onde passa.
Agora não são mais pequenos galhos e folhas que são arrastados pelos ventos... 
Placas imensas de publicidade assam voando, telhas, galhos maiores e mais pesados, além de árvores médias são arrancadas do solo pela força do vento e da chuva que continua caindo torrencialmente.
Os fios de energia estão espalhados pelo chão e as residências e os comércios se encontram as escuras.
Os lugares mais descampados e desprotegidos sofrem muito mais a ação dessa tempestade que não é longa, mas permanece tempo suficiente para causar grandes estragos.
Quando tudo parece voltar a normalidade olhando ao redor vemos o resultado devastador dessa chuva que podemos chamar passageira, mas forte o suficiente para deixar casas sem telhados, veículos virados, árvores arrancadas desde a raiz e jogadas metros adiante do seu lugar original, além dos alagamentos ocasionados pela quantidade de água que caiu torrencialmente.
A chuva tão necessária e preciosa chega devastando tudo que encontra pela frente e nos atemorizando, mas não na quantidade suficiente para suprir nossos reservatórios, para abastecer nossas usinas hidroelétricas.
A nossa intervenção que consideramos inteligente e necessária na natureza, causa todo esse estrago, que relutamos em admitir, mas que prejudica nosso planeta e vida de todos que nele habitam.
Nem mesmo os animais indefesos e inocentes estão sendo poupados dessa violenta resposta que a natureza nos dá... 
Quando vamos entender que precisamos respeitar essa nossa grande morada, para vivermos melhor?