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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Solidariedade e mudanças de atitudes

30 março 2020 - 23h59
Não importa a religião, para quem oramos, seja para Alá, para Jeová ou Buda, para aqueles que seguem a Bíblia, o Evangelho ou a Torá. Agora é chegado o tempo de nos solidarizarmos nas orações e pedir que os pesquisadores do mundo todo que se dedicam as pesquisas de vacinas consigam o mais breve possível descobrir aquela que nos livrará desse mal que nos atinge tão profundamente.
É tempo de solidariedade para com nosso vizinho, mesmo aquele que não conhecemos tão bem, de buscar ajudar, pois, confinados entre as paredes de suas casas, de seus apartamentos, de seus barracos ou daquele canto onde se abrigam existem pessoas que estão amedrontadas, coisa que, aliás, todos estamos afinal estamos vendo as mais diversas nações serem assoladas por um vírus que ceifa vidas e assusta pela maneira silenciosa que ataca.
Ali no silêncio e na solidão do recolhimento pessoas precisam ouvir palavras de alento ou ter um par de ouvidos que mesmo à distância possam ouvir e dividir seus temores...
Os abraços agora estão impedidos, não podemos afagar aqueles que amamos não podemos nos aconchegar amorosamente, dar beijos estalados ou até mesmo de nos dar às mãos transmitindo nosso calor e nosso apoio, gestos tão comuns entre os seres humanos.
Presos involuntariamente em nossos lares, não vislumbramos mais o nascer e o por do sol por diversos ângulos, somente por aquele que nossa janela rotineiramente nos mostra, aprendemos dar valor a liberdade e a possibilidade de ir vir, mesmo que seja até a praça levar nosso cachorro que também está entristecido e encolhido pelos cantos ou até a padaria buscar o pão fresquinho para saborear com o café.
A depressão silenciosa vai se assenhorando de muitos, que sem o que fazer ficam presos aos noticiários que não são auspiciosos, que nos alertam que todos estamos meio enclausurados e temerosos por não saber quando tudo isso vai passar.
Enfrentamos em pleno 2020 uma peste como aquelas que as passagens bíblicas relatam e, esperamos que não atinja nossa moradia e os que nos são próximos.
Os sepultamentos que sempre são sofridos, agora são muito mais doloridos rápidos e com poucas pessoas, o choro é solitário e silencioso.
Quando vemos o Papa orando e implorando clemência, nos unimos independentemente de nosso credo e, em uníssono clamamos com ele pelo perdão por nossas culpas e clemência para todos, já que nenhum de nós está imune ao ataque do Covid 19...
É chegado o momento de estendermos as mãos, mesmo que impossibilitados de nos tocar e auxiliar o próximo, com palavras e com ações, cuidando dos idosos, atendendo suas necessidades, colaborar com o vizinho que não pode sair de casa fazendo as compras que precisa, enviando palavras de otimismo e positivismos nas redes sociais, torcendo para que governantes tenham sensibilidade e determinação em suas atitudes e, sendo todos nós mais humanos, mais compreensíveis, mais éticos, acreditando que muito em breve estaremos livres e felizes, mas mais conscientes e responsáveis.