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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Tempos difíceis

13 janeiro 2020 - 23h59
Nem bem começamos um novo ano cheio de perspectivas e sonhos e já percebemos que o ser humano não parece evoluir. Continuamos mesquinhos, egoístas, não importando se tratamos do futuro de uma nação ou do nosso relacionamento pessoal.
As pessoas não conseguem pensar e olhar em sentido amplo, se tornaram imediatistas, imaginam somente o que vai beneficiar a si próprio e não percebe que isso pode prejudicar muitos.
As decisões sobre o destino de uma nação é traçado num gabinete, onde a maioria desconhece a realidade da guerra e seus efeitos nocivos, mesmo sofrendo ainda com os percalços de pessoas que um dia saíram de suas casas perfeitos e saudáveis e voltaram mutilados e com problemas mentais causados pelos horrores da batalha.
Tomam decisões drásticas que podem ocasionar outro conflito mundial, envolvendo inúmeros outros países, pois, atualmente tudo é globalizado e quando um dos grandes toma uma decisão, mesmo que sem consultar os demais, acaba envolvendo todos no mesmo objetivo, principalmente quando envolve a segurança das nações.
Tratam da guerra como se ela fosse acontecer num outro mundo, como se este que habitamos não fosse atingido diretamente pelas bombas lançadas aqui e acolá...
Não notam que um incêndio que ocorre agora do outro lado do mundo, envolve todo o planeta em sua fumaça enegrecida.
Falta consciência, falta amor, sobra egoísmo e mesquinhez...
O mesmo acontece no íntimo de nossas famílias... Uma discussão, um desacordo momentâneo se transforma numa avalanche de impropérios, de ofensas e quase de imediato pode resultar em morte e, são tantas as notícias desse tipo que temos a impressão que atitudes assim são como pragas que se alastram atingindo muitos, como doença contagiosa.
Pessoas violentas que discutem em casa, batem, ferem os entes mais próximos, que parecem irracionais momentaneamente, que não importa a quem magoam ou ferem, somente voltam ao raciocínio normal quando nada mais há para se fazer, quando o sangue já manchou suas mãos, seja de morte ou não.
Nas redes sociais, que deveriam servir para trocarmos ideias, mantermos um elo entre familiares e amigos distantes, para dar e receber boas notícias para nos alegrar e tornar nossos dias mais festivos, serve atualmente para que se ofendam, dirijam palavras pesadas aos governantes e aos parentes que desagradam.
Transformou-se numa enxurrada de imagens doloridas de pessoas feridas, seres humanos abandonados pela família, animais dilacerados em brigas que satisfazem humanos irracionais, parece que perdemos o rumo, que perdemos os ensinamentos básicos aprendidos em nossos lares de respeito e amor ao próximo ou dos ensinamentos daquele que se sacrificou pela humanidade na cruz, que deixou como lema "amai-vos uns aos outros como eu vos amei"...
A falta de amor, de paciência, de gratidão parece igualar todos os habitantes do planeta com raras exceções, pois, um simples descuido de um motorista pode gerar discussão e desentendimento, uma brincadeira pode ser mal interpretada e resultar em ofensas e mágoas.
Com tanta evolução, com tanto conforto o que nos falta para sermos felizes?