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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Coluna

Tempos modernos

21 junho 2022 - 05h00

Amamos toda modernidade com a qual convivemos atualmente, afinal é bom demais ter um carro funcional, cheio de tecnologia que nos leva para todos os lugares com conforto e segurança...
Termos objetos práticos em nossa casa que nos ajudam a elaborar alimentos mais rapidamente, que tornam a faxina mais leve, que nos faz passear em imagens perfeitas que nos parece incluir no ambiente, termos respostas a todas nossas perguntas num piscar de olhos em nossos pequenos computadores pessoais que também nos permite comunicar com todos e em qualquer lugar que estejamos.
Tudo isso é muito bom e nos traz muito conforto, até com nossos médicos podemos conversar por vídeo conferência, as compras chegam a nossas casas sem que precisemos dela sair enfrentando trânsito ou tempo ruim, sem nem mesmo ter que caminhar pelos corredores carregando carrinhos pesados.
Se não desejarmos cozinhar basta ligar o restaurante atende nosso pedido enviando aquela comida que imaginamos... Até podemos receber amigos de surpresa sem nos estressar, pois, o cardápio estará ao alcance da mão e chega em minutos até acompanhado da bebida que nos apraz.
Nossas casas estão seguras por meio de câmeras que podemos acompanhar à distância, até nossos animais podemos manter sob nossa vigilância constante...
Entretanto, o que percebemos nas páginas sociais é que vivemos num saudosismo infinito...
Temos saudades do tempo em que íamos à padaria, enfrentávamos fila para comprar o pão para o café da manhã, de carregarmos carrinhos pesados cheios de mantimentos e outras coisas para nos deliciar ou manter nossa casa limpa até o caixa onde certamente uma fila longa nos aguardava e depois ainda teríamos que ir até nossos veículos para descarregar tudo aquilo de maneira organizada para não correr o risco de vazar ou quebrar.
Olhamos com saudade os veículos antigos que vemos em fotos ou que algum colecionador ainda mantém em bom estado e se permite circular por aí enchendo nossos corações de boas lembranças.
Nos nossos álbuns de família e observamos cheios de amor fotografias amareladas pelo tempo onde ficaram gravadas as figuras queridas de nossos parentes... Alguns que já se foram, mas, fizeram parte de nossa vida e de nossa história outros com os quais convivemos amorosamente e os amigos... Ah! Amigos de nossa infância, adolescência e da vida madura, cada qual com a característica especial do tempo de convivência, lembranças que nos fazem rir e nos permitem reviver momentos agradáveis.
O que percebemos é que com toda essa tecnologia que facilita nosso viver, das comunicações que podem ocorrer a qualquer momento e lugar, estamos vivendo um tempo de solidão.
Podemos ter tudo ao alcance da mão, mas perdemos o que o ser humano mais necessita o aconchego, o olhar, o abraço, a atenção, a mão estendida nos momentos em que a tristeza nos assola, afinal vivemos e viver é um constante necessitar da presença daqueles que amamos sentir o cheiro de cada um, ouvir sua voz que nos anima sentir o conforto do abraço que acolhe e ampara...
Que a tecnologia não nos afaste do caminho do amor, da fé, daqueles que amamos que saibamos fazer uso dela, sem nos deixar isolar num mundo cheio de progresso e vazio de amor.