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Jornal Diário de Suzano - 16/04/2024
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Coluna

Vidas perdidas

07 junho 2022 - 05h00

São tantas as notícias de pessoas que se entregam a depressão, sem que os familiares e conviventes percebam o que ocorre, pois, apesar de tristes, infelizes e deprimidos, com dores materiais e espirituais profundas, mantém em seu visual um sorriso que aparenta alegria, felicidade e realizações plenas...
Principalmente os jovens suicidas que são lembrados por sua maneira de viver com leveza, sorrindo e fazendo a vida daqueles com que convive alegre e feliz, entretanto, aparentemente sem nenhum motivo tiram a vida, cortam sua existência quando ainda nem começaram a realizar seus planos efetivamente.
Deixam famílias desesperadas com aquela lacuna que se abriu inesperadamente em suas vidas, quando tudo parecia ser um imenso jardim florido, cheio de expectativas alegres e benfazejas.
Normalmente esses seres por sua aparente felicidade, se envergonham de buscar ajuda, seja de um bom par de ouvidos de algum amigo verdadeiro, que pode aconselhar ou faze-lo entender melhor seu sofrimento, sua dor... 
Buscar ajuda médica, psicológica então nem pensar, isso o degredaria e ficaria a mercê de julgamentos pelos quais jamais desejaria passar, pelas zombarias escondidas em falsos sorrisos de amizade, pelos comentários desairosos de muitos.
Uma alternativa maravilhosa seria a de buscar a ajuda dentro da espiritualidade, por meio da religião, do amparo de seres que já cursaram esta existência e hoje evoluídos se disponibilizam a nos ouvir, mesmo no silêncio aparente de uma igreja, buscando sempre ajudar sem alarde com bons conselhos que são sussurrados em seus ouvidos, que seguidos abrem portas por onde a claridade solar entrará, mostrando outras possibilidades e por vezes até mesmo a solução para aqueles problemas e aquelas dificuldades que parecem insolúveis e insuperáveis.
Muitas vezes esses seres, que lutam tenazmente pela vida, buscando a cura para os males que os corroem se deixam levar para o degredo da vida, para o suicídio por vezes pela simples palavra descabida daquele em quem tanto confia ou ama e, que por total desconhecimento de suas dores intimas, magoam e ofendem profundamente o seu âmago, desestruturando sua consciência a ponto de acreditar que só a sua própria morte libertará as pessoas amadas de carregar o pesado fardo que é a sua existência cheia de imperfeições.
Assim saem como se fosse a passeio e se lançam de viadutos, sob as rodas de trens ou outro veículo em movimento, fazem também uso de armas de fogo ou de qualquer outro instrumento que facilite esse infeliz movimento de tirar a própria vida, acreditando que assim aqueles que o cercam ficarão livres do peso de sua existência infrutífera e ele ficará livre para sempre dos problemas que rodearam sua vida, não permitindo que realizasse seus sonhos, que fosse completamente feliz.
Ledo engano para esses que decidem o momento de sua partida pelas próprias mãos...
A vida nos é concedida por um Ser maior e somente por Ele ela poderá ser tirada, não nos cabendo essa decisão em nenhum momento, para que não arquemos com as consequências inadiáveis e arrebatadoras que nos aguarda na passagem do portal final...
Ali certamente reviverá em meio à dor que causou ao seu corpo físico todos os seus sonhos não realizados e todas as possibilidades que deixou de enxergar, além de partilhar do sofrimento da família que tanto amou e agora sofre com sua ausência definitiva.