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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Coluna

2 de Abril, Feriado Municipal em Suzano, sem movimentação

01 abril 2020 - 23h59
O nosso mundo, nos dias de hoje, parece ser semeado de cruzes que ao mesmo tempo se tornam luzes no céu. O Coronavírus elevou o número das cruzes nos cemitérios. Os corpos, velados sem a participação dos parentes e amigos, tornam mais segura a proteção e a integridade dos familiares, que ao evitar aglomerações e cortejos fúnebres não correm o risco de se contaminarem. Nunca tivemos na história da humanidade ou apenas a Gripe Espanhola criou um cenário tão sufocante a ponto de abafar em muitas pessoas o sorriso sereno que deveria acompanhar o dia a dia dos seres humanos.
Começamos a enxergar o sagrado, o divino, o relacionamento humano e com a natureza, como fonte de vida, de harmonia, de paz e da mais profunda e autêntica religiosidade.
Desta Coluna, quero sinalizar uma grande e solene benção para a cidade de Suzano, em comunhão com o Bispo Diocesano Dom Pedro Luiz, e com os padres que residem em Suzano, na comemoração do 71º aniversário de emancipação político-administrativa do município. A esperança de todos os suzanenses é que o futuro de Suzano seja de grandeza, crescimento e de adequadas políticas públicas. Não obstante, os atrasos e o descaso em algumas áreas sociais e de pavor e susto que o vírus vem provocando, jamais devemos perder a esperança.
Chegando as eleições, penso que ninguém deve se jogar numa política apenas aventurosa. Voltando ao cenário de hoje, é desejo de todos, que Deus proteja Suzano e a humanidade toda com copiosas graças e bênçãos divinas.
Saudade daquele tempo, quando a vida em Suzano e no Planeta Terra tinha ritmos mais familiares e sociais no aconchego do lar e da cidadezinha acolhedora, quando era preciso criar coragem para se aventurar fora, com destino às grandes cidades.
Saudade daquele tempo, quando a fé que norteava os valores morais e espirituais era tão natural. Acreditávamos em Deus, abençoávamos a terra, o trigo, os frutos e os animais, porque todos fazem parte da Criação divina. Todos os embates cotidianos se transformavam em gestos de grandeza.
O dia 2 de abril marca para a cidade de Suzano, não apenas um dia que pela primeira vez passará sem algum evento público, mas marcará o início de uma nova caminhada, recuperando o verdadeiro conceito de liberdade, igualdade, solidariedade e respeito recíproco. A tragédia que a cidade sofreu no dia 13 de março, há um ano, na Escola Raul Brasil, levou a todos, Estado, Prefeitura, Hospital Santa Maria, associações e Igrejas, a gestos de solidariedade, de maior cuidado e maior segurança dos alunos nas escolas.
Que o anseio de voltar à vida normal e ante o perigo de novos infectados, aumente o nosso cuidado com a mãe terra, com o meio ambiente, com a vida, com o compromisso de nos empenharmos para salvar outras vidas, expostas a tantas outras calamidades.
Saiamos do estado de espírito cético, contaminado pelo vírus da corrosão de uma crítica quase sempre destrutiva e sem fundamento. Valorizemos o tempo da nossa existência recordando uma frase de Guimarães Rosa: “Quando nos parece que nada está acontecendo, há sempre um milagre que não estamos vendo”. Deixemos Deus agir em nossas vidas e veremos milagres acontecerem.