Dos 60 anos de existência do Diário de Suzano na cidade, há 35 venho acompanhando quase diariamente as notícias publicadas no Jornal.
Havia muito interesse por parte da Redação do Jornal em entrevistar-me quando aqui cheguei, vindo da Itália. Guardo todas as declarações feitas ao Jornal em ocasião de acontecimentos e fatos relativos à vida da Igreja, da cidade, do país e do mundo.
Eu expressava com amor e com espírito crítico, os meus sentimentos de dor, de alegria, de ação e de saudade. Tal amor e espírito crítico não tinham sido ainda assumidos totalmente por não conhecer muito bem a cidade e a cultura brasileira.
Provado pela grande distância que me separava da Mãe-Pátria, iniciei aos poucos a me sentir membro da família suzanense e o Jornal que provocava a minha participação à vida da cidade, tornou-se o instrumento que ajudou-me a ser filho e cidadão dessa nova terra.
O meu coração encheu-se de amor e justiça pelos mais necessitados. A minha mente abriu-se para uma ação que não se limitava apenas ao território do Centro da cidade, mas abraçava um território mais vasto, periférico e carente.
Acompanhei os últimos momentos da vida do fundador do Jornal, José Tadeu de Moraes, que foi uma grande liderança na vida da cidade. Nos últimos batimentos do seu coração estava ao lado dele, juntamente aos netos, para oferecer-lhe, antes de morrer, o conforto religioso da graça divina da salvação.
Entrei a fazer parte da família do Diário em 1988, como articulista ao longo de três anos, a pedido da jornalista Márcia Braghiroli, com o meu comentário semanal sobre o Evangelho.
Voltei a escrever em janeiro de 2005 e já faz 16 anos que assino a minha coluna com textos que espero, muito agradem aos leitores.
O Jornal é presença fiel nas casas dos suzanenses e de muitas bancas da Região.
Dele necessitam os munícipes por ter um conteúdo cronístico, político, prático, artístico e sócio-comunitário. Os seis netos de José Tadeu, Sônia, Augusta, Solange, Otávio e Guaru e Xaxá agregaram a eles jornalistas, fotógrafos e funcionários que trabalham para oferecer ao público tudo o que de melhor o Jornal deve ter para promover a vida da cidade com notícias fortes, autênticas e fartas. O Diário é o Jornal companheiro que corre de casa em casa e está nas mãos dos que lutam e sonham.
É verdade que hoje a tecnologia, a informática, as redes sociais mudaram o perfil do leitor, que no lugar de segurar na mão o Jornal, em casa, ou no trem, segura o celular, de onde atinge todas as informações, novidades e curiosidades que lhe parecem interessantes. No entanto, o Jornal pode transformar as notícias em sentimento, ao contrário do celular que não alcança a mesma concentração e reflexão do Jornal.