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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Coluna

A chegada do frio põe em risco a vida dos moradores de rua

20 maio 2022 - 05h00

Com a chegada de uma onda terrivelmente fria, provocada por uma massa de ar frio polar que causou uma queda acentuada da temperatura na Região Centro-Sul do país, com chance de neve no Sul do Brasil, maior atenção deve ser dada aos moradores de rua. Muito valioso é o serviço dos voluntários, das prefeituras e outras instituições para recolher os moradores de rua para que fiquem nos abrigos ou em locais mais adequados, oferecidos pelas prefeituras, pelas Igrejas e outras Instituições e associações.
Cabe aos voluntários, ao Serviço Social, à Policia Civil fazer contato com os andarilhos, tomando as medidas necessária para que se evite a more de alguns deles.
Além disso, os que vivem na rua, feridos e frustrados nos sentimentos e afetos familiares, merecem todo o apoio social e psicológico.
São terríveis as noites que se passam fora de casa dormindo em esconderijos, deitados no chão, tentando de aquecer o corpo com apenas papelão e cobertor.
As condições de vida dos moradores de rua são desumanas. A sopa ou o sopão e o cobertor que recebem são apenas um paliativo para os manter em vida. Agora com a onda de frio precisa oferecer-lhes um melhor sistema de sobrevivência.
As mortes dos andarilhos deveriam ser evitadas, resgatando da rua o irmão e estendendo-lhe a mão com um gesto de bondade radical e cristão.
Os moradores de rua não ficam nas periferias, mas quase sempre a malha central da cidade, onde constatam ter mais segurança, mais refúgios e mais condições de receber marmitex antes de os restaurantes fechar os serviços de alimentação.
O olhar sobre esta realidade nos provoca e nos leva a pensar como eles podem superar as crises que surgiram por desavenças conjugais, familiares ou profissionais.
Por que lhes falta a força e a coragem para voltar para suas casas e seus lares?
Vejo o futuro deles passar sem nenhuma chance de realizar algo de verdadeiro e de essencial, que os faça sentir e viver como cidadãos.
O morador de rua, olhando na direção do que já foi a sua vida no passado, vive o presente sem futuro, confuso e desorientado, não sabe para onde ir e onde chegar.
Nas idas e vindas, de praça em praça, de uma calçada para outra, anda sem entender e sem nada fazer. Falta-lhe a residência, vive no anonimato e sofre preconceitos.
Apesar desses irmãos viverem com o preconceito, desapontamento e instabilidade, a fé nos dê a força para apoiarmos a natureza frágil dos que abandonaram o lar, ajudando-os a viver com mais dignidade.