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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Coluna

A Festa do Carnaval

20 fevereiro 2020 - 23h59
Os tambores e os batuques do carnaval, fortes e inofensivos, invadem as cidades do Brasil.
De noite até madrugada eles ficam no ar. Se nenhum gesto de violência ou abuso na bebida perturbarão o clima nos bares, nas ruas e nas boates, não haverá nem choro, nem luto nas famílias. Sempre, porém, nos dias de carnaval, há fatos e atos desenfreados, praticados com excessiva libertinagem. Há quem mata e quem enterra. 
Os rumores dos batuques se expandem pelo ar. O carnaval já vai começar.
O sambódromo e as avenidas por onde as escolas desfilarão se tornarão como um
Jardim colorido, ostentando e exibindo as mais diversas cores e explodindo energia do chão em festa
Carnaval, tempo para brindar à vida e ao sucesso das Escolas de samba, durante algumas noites que ficarão marcadas pela delirante alegria ou pela dor de vidas sufocadas.
Os tambores falam os sons de todos os brasileiros, emitindo claramente o timbre de alegria do coração de nossa gente.
São os tambores que chamam a atenção do público para a mensagem floreal e artística dos carros alegóricos que atravessam o sambódromo, as praças e avenidas, comunicando justiça e paz, verdade.
As Escolas desfilam com tantas fantasias, com tantos olhares brilhantes,
carregando no peito a esperança de encantar o público e sonhando com o que há de vir: a conquista do título.
No corpo ecoam todas as vibrações e emoções de quem desfila e de quem assiste e enquanto o povão aplaude a magnificência do aparato carnavalesco, a mídia espalha o espetáculo pelo mundo inteiro que se surpreende
diante deste cenário de evidente e grande explosão.
O povo convocado para se divertir no carnaval, quase se desculpa por tanta alegria, diante de uma Pátria aflita e sofrida que forja imagens e cores, carícias e amores, danças e cantos, para amenizar o que o mundo vê, lê e sabe sobre o Brasil. O carnaval e o futebol batem no coração do povo, quase representam o desabafo do pobre, que apesar do sofrimento, não perde o jeito de ser feliz.
Quando o Brasil está de olho no carnaval e na Copa do mundo, desliga-se de tudo, para matar a saudade destas duas paixões nacionais, para depois seguir vivendo e continuar lutando.