Terça feira passada, 8 de março, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher e muitos municípios programaram a Semana da Mulher.
Nada de feriado ou de festas. A homenagem às mulheres aconteceu num dia comum. Mas é incomum a vida da mulher, companheira, mãe, esposa, lutadora e batalhadora, a mulher do combate e da ternura. Nela tudo é extraordinário. Tudo é segredo e mistério. Foi justo por este motivo que a CPTM permitiu na Estação de Suzano, uma exposição sobre a maternidade da mulher. As telas têm tudo a dizer com relação à gravidez e ao parto, no meio de uma grande dor e de um grande amor.
A mulher é humana na carne e divina na alma. Com um coração maior que o seu ventre, acredita na força imensamente fértil do amor. Ela faz nascer a vida. Chora, grita, luta, quando o machismo a machuca. Muitos desconfiaram dessa luta, tão louca e corajosa, quando em 1857 em Nova York, 129 mulheres operárias têxteis entraram em greve, para exigir redução da jornada de trabalho, de 16 horas para 10 horas diárias.
Os patrões fecharam as portas da fábrica e colocaram fogo, permitindo que todas morressem asfixiadas. Foi uma punição do poder econômico e capitalista para reprimir a força e a garra das mulheres que lutavam por melhores condições de trabalho. Em homenagem a elas e também às suas lutas, vitórias e conquistas, foi instituído o Dia Internacional da Mulher.
De um passado sem glória a uma data comemorada na maioria dos países.
Essa comemoração é fruto da luta insistente das mulheres pela inclusão e igualdade contra a submissão, a inferioridade e a desigualdade que elas sofrem na sociedade e no lar por parte do homem que acredita no mito da superioridade.
Hoje as mulheres avançam sempre mais. Vestem roupas e fardas masculinas, disputam eleições, estão no corre-corre, e também trabalham fora de casa. Gostam de um futuro novo e de contemplar novos horizontes.
Que todas as mulheres, as mães e as esposas, continuem a emitir sinais de luz e de ternura que o coração sempre guardará. Elas que são tanto elogiadas na poesia, na arte, no mito feminino da beleza e da aparência, são humilhadas quando querem atingir seus objetivos de emancipação, de audaciosas metas e para chegarem a níveis mais altos de carreira, de cultura e profissionalismo.
Neste mundo feito de mulheres e homens, se faz necessário juntar o passo e as mãos num laço lindo de amor e solidariedade. Durante séculos fomos levados a pensar que as diferenças sociais entre mulheres e homens eram naturais. Daí tudo se justificava, até negar-lhes a liberdade. A mulher pagou e está pagando alto preço na sociedade machista. Mas ela está no rumo certo, vencendo e sonhando alto. A data de 8 de março já passou, mas a sociedade não pode desistir de defender a causa e o futuro das mulheres. A você mulher, dinâmica, admirada, provada no sacrifício real, desejamos uma nova história de justiça, liberdade, igualdade e beleza. O carinho, a confiança e a ternura inundem sempre a sua vida e a acompanhem na longa caminhada.