A programação para comemorar o Dia dos Povos indígenas em 19 de abril se estendeu ao longo de uma semana em quase todos os municípios do Brasil.
A data foi celebrada com uma certa indignação, pelos crimes cometidos contra os povos e comunidades indígenas.
Se faz necessário, ainda nos dias de hoje, resgatar a história dos Povos Indígenas que mereceriam ter sua história, sua cultura e tradições transmitidas de pai para filho, de geração a geração. A história dos indígenas remonta há muitos séculos antes do descobrimento do Brasil e da América Latina.
Pode-se pensar que a mobilidade e o peregrinar para outros territórios dos povos asiáticos, antes de Cristo, tenha dado origem ao continente latino-americano.
Em seguida, com a invasão colonialista, os indígenas foram esmagados, escravizados e jogados na floresta, onde conseguiram sobreviver fazendo de novo germinar a sua raça.
Os mesmos colonizadores, entre eles, Ameríco Vespucci, imaginando de ter chegado à Índia, chamaram os habitantes da floresta de Índios”, que nos dias de hoje assumiu um significado pejorativo, pois, reforça o estereótipo de que os povos originários são selvagens e todos iguais.
Parece, porém, o contrário. De fato, nas terras indígenas há cenas horrendas, invasores explorando e matando com frieza e indiferença, agindo selvagemente contra indígenas que vivem amando à Mãe terra, os rios e a floresta.
Temos a missão e a responsabilidade de preservar o povo que vive na floresta amazônica e participar das discussões políticas apresentando projetos que assegurem a preservação da cultura e das suas tradições.
Em pleno século XXI, atos de brutalidade e crueldade contra a natureza, mostram como a sociedade, que não admite mais códigos morais, deixa os garimpeiros agirem conforme seus caprichos e desejos, sem limites, sem respeito e civismo.
Com as queimadas, a floresta para de ser o pulmão da humanidade, a terra geme, a mata chora, os rios nos quais os indígenas mergulham, enchem-se de lágrimas salgadas.
Muitos são os comentários sobre a velha moral pregada pelos que visam a exploração, do solo e do minério, movidos pelo lucro, mas deixam de dizer quais os caminhos verdadeiros a serem trilhados.
Que a comemoração no Dia dos Povos Indígenas, a sociedade manifeste não somente a beleza do folclore, mas sobretudo indique o caminho da esperança e da fraternidade entre cidades e aldeias e celebrar a vida conjuntamente sem tirar das comunidades indígenas a próprio identidade, pois elas nunca pecaram maltratando a mãe terra e nunca feriram a beleza da natureza, considerada digna de ser amada e respeitada.