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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Coluna

As cidades têm seus prefeitos e vereadores, novos ou reeleitos

08 janeiro 2021 - 05h00
O Ano Novo iniciou sem a costumeira explosão de alegria, de abraços, com fogos e sem concentrações para comemorar o Réveillon.
Houve, ao contrário, momentos de oração, súplicas e pedidos, momentos de culto e de celebrações religiosas. A maioria das praias vazias, os clubes sem muita movimentação, mas houve muito movimento nas lojas, para as compras de Natal e de final de Ano. Nas casas, todos aguardavam a virada do ano. Foi assim que na noite de 31 de dezembro, acabou 2020 e nasceu o ano de 2021.
Nos municípios, os candidatos eleitos assumiram cargos no Executivo e no Legislativo. Realizou-se a solene cerimônia de posse nos respectivos cargos e novos mandatos.
As redes televisivas transmitiram os discursos altamente programáticos pronunciados pelos novos prefeitos.
Enfáticos e enérgicos na expressão oratória, foram os discursos dos novos e dos reeleitos prefeitos municipais e presidentes das Câmaras, faiscando liberdade de pensamento, ousadia em discursar sobre as realizações programadas e planejadas em seus mandatos e sobre os projetos a serem realizados. Entre aplausos, os prefeitos e os vereadores tomaram posse. A cidade onde os novos membros do Executivo e do Legislativo atuam, desejou-lhes um futuro promissor, de avanços no campo social, urbanístico e periférico. Na cerimônia de posse, no Brasil inteiro, o número de munícipes foi restrito, respeitando a recomendação das Secretarias de Saúde. Com toda a razão, em tempo de pandemia, pela transmissão do Covid-19.
No entanto os cidadãos devem acompanhar a política. Devem ser capazes de identificar e avaliar a postura e o desempenho político dos eleitos. É lamentável, ver uma parte dos políticos jogarem para trás a bandeira pela qual lutaram durante a campanha e contam apenas alcançar relevantes interesses pessoais ou partidários.
Do outro lado há cidadãos que mostram pouco interesse por programas e ações sociais a serem implantadas sobretudo nas periferias. Não cobram pelo cumprimento das promessas feitas durante a campanha e não participam das sessões da Câmara ou quando são convocados para aprovar o orçamento municipal.
Há, porém, no embaraçado labirinto político, coisas que o cidadão comum não entende. Eu mesmo não entendo, como após terminada uma campanha onde a população tinha formado uma convicção sobre o posicionamento de seus candidatos no bloco do governo ou da oposição, e de repente vê acontecer uma aliança que nunca imaginava que pudesse acontecer.
Que o amor pela cidade indique o rumo e a direção a serem tomados, sendo que a maior atenção não será dada ao reinado da direita ou da esquerda, mas ao direito do povo de continuar a viver em sintonia com as tradições sagradas, cívicas, culturais e vislumbrar novos sinais de vida, de justiça e de igualdade. Resta-nos esperar por mudanças sempre mais profundas no caminho da democracia e da civilização. É necessário uma conversão interior, religiosa, política e social, que somente pode acontecer pela fé no Deus da Vida. A política, sem profetismo, sem aquele espírito de serviço, torna-se mera burocracia e tecnocracia em detrimento do bem comum.